SOBRE A RESPONSABILIDADE REPRESENTATIVA DE FIGURAS HISTÓRICAS MARGINALIZADAS: O CASO DE KAN’NO SUGAKO (1881-1911), UMA ANARQUISTA JAPONESA
Mots-clés :
Representação, Kan’no Sugako, recepção de narrativas, anarquismo, figuras históricas marginalizadasRésumé
O objetivo deste texto é discutir as questões que envolvem a criação e recepção de narrativas que representam figuras históricas marginalizadas. Para tanto, elencamos o caso de recepção e representação da figura de Kan’no Sugako (1881-1911), uma ativista da causa feminina e do movimento anarquista japonês que foi garroteada pelo Estado sob a acusação de planejar o assassinato do imperador. Propomos que as narrativas que enfocam figuras históricas marginalizadas são relegadas a uma condição ainda mais delicada com relação à veracidade, manipulação e falsificação das próprias fontes que tornam essas narrativas possíveis. Portanto, o objetivo deste texto é explorar, tendo como base o caso de Kan’no, o que está por trás dessas criações de narrativas de figuras marginalizadas e, consequentemente, examinar brevemente o processo diacrônico e ideológico que possibilita essas criações. Assim, busca-se evidenciar a responsabilidade ética daquele que se propõe a realizar a representação destas figuras.
Références
AKIYAMA, Kiyoshi. (2006), Nihiro to teroru. In: Akiyama Kiyoshi chosaku shû, vl. 3, Tóquio: Paru Shuppan.
ARAHATA, Kanson. (1976), Kanson jiden, 2 volumes. Tóquio: Iwanami Shoten.
GANNETT, Cinthia. (1992), Gender and the Journal: Diaries and Academic discourse. Nova Iorque: State University of New York Press.
HANE, Mikiso. (1988), Reflections on the way to the gallows: voices of japanese rebel women. California: University of California Press.
HARTMAN, Saidiya. (2008), Venus in two acts. In: Small axe: a Caribbean journal of criticism, vl. 12, n. 2, p. 1-14. DOI: https://doi.org/10.1215/-12-2-1.
ITOYA, Toshio. (1970), Kan’no Suga: Heiminsha no fujinkakumeikazô. Tóquio: Iwanami Shinsho.
KAN’NO, Sugako. (1984), Kan’no Sugako zenshuû, 3 volumes. Tóquio: Kôryûsha.
KAN’NO, Sugako Kenkyûkai. (2016), Kan’no Sugako to Taigyakujiken: Jiyû; byôdô; heiwa wo motometa hitobito to. Osaka: Seseragi shuppan.
KENDALL, Diana. (2016), Sociology in our times: the essentials. Boston: Cengage Learning, ed. digital.
KRISTEVA, Julia. (1984), Revolution in poetic language. Nova Iorque: Columbia University Press.
KUROKAWA, Masatake; KOBAYASHI, Shigeko; KUSUNOKI, Yoshihiko. (2018), Majo to masu-media: yôroppa kinsei no tasha no imêji wo saguru. In: Taisêgakuin Daigakukiyô, vl. 20 n. 37, p. 225-235.
MIMOTO, Hironori. (2016), Kan’no no kyozô to jitsuzô. In: KAN’NO, Sugako Kenkyûkai (org); Kan’no Sugako to Taigyakujiken: jiyû; byôdô; heiwa wo motometa hitobito to. Osaka: Seseragi Shuppan, p. 110-136.
NAGAHATA, Michiko. (1987), Hana no ran. Tóquio: Shinhyôron.
ÔYA, Wataru. (1989), Kan’no Sugako to Isonokami Tsuyuko. Osaka: Tôhô Shuppan.
PINTO, F.C.G. 2023. A terra do sol negro: a representação da melancolia em escritos carcerários japoneses. Dissertação (Mestrado em Letras) não publicada, Universidade de São Paulo, São Paulo.
RADDEKER, Hélène Bowen. (1997), Treacherous women of imperial Japan: patriarchal fictions, patricidal fantasies. Londres: Routledge.
SETOUCHI, Jakuchô (Harumi). (2020), Tôi koe: Kan’no Sugako. Tóquio: Iwanami Shoten.
SHIMIZU, Unosuke. (2002), Kan’no Sugako no shôgai: kisha, kirisuchan, kakumeika. Osaka: Izumi Sensho.
SIEVERS, Sharon L. (1983), Flowers in salt: The beginnings of feminist consciousness in modern Japan. California: Stanford University Press.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. (2010), Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: ed. UFMG.
TANAKA, Nobumasa. (2016), Kazarazu, itsuwarazu, azamukazu: Kan’no Sugako to Itô Noe. Tóquio: Iwanami Shoten.
TANAKA, Nobumasa. (2018), Taigyakujiken: shi to sei no gunzô. Tóquio: Iwanami Shoten.
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
© Revista Estudos Libertários 2024
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommonsAttribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.