Memorabilia Rouge [como postular uma coordenada geográfica no vazio]

Autores

  • Henrique Grimaldi Figueredo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-UNICAMP)

Palavras-chave:

Poesia em prosa, desejo, memória

Resumo

Memorabilia Rouge pode ser interpretada como uma cartografia queer de um desejo pessoalizado, ou ainda um arquivo sensível e perspectivado daquilo que carregamos de nossas relações: o que ainda ecoa, o que ainda vibra, e nas palavras de Ana Martins Marques, uma espécie de teste, a ver se ainda dá pé. Gosto de chama-las de memórias semi-inventadas, um modo particular de lembrança que almeja encontrar uma coordenada estabilizante no vazio e na vicissitude de um mundo em liquefação. Penso-a também como uma escrita biográfica de um mapa amoroso que compreende os contributos de diferentes sujeitos (com línguas e culturas discrepantes, e modos igualmente divergentes de demonstração da afetividade) à minha constituição psíquica. Um jogo por si só inscrito e condicionado entre herança e legado, um ziguezague pouco preciso entre aquilo que se perde e aquilo que insiste em permanecer. 

Biografia do Autor

Henrique Grimaldi Figueredo, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-UNICAMP)

Doutorando em Sociologia pelo IFCH-UNICAMP e Pesquisador Visitante na École des Hautes Études en Sciences Sociales. É editor executivo do periódico acadêmico Todas as Artes – Revista Luso-Brasileira de Artes e Cultura, sediado na Universidade do Porto, em Portugal

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Publicado

08-12-2021