v. 5, n. 2 (2021): Heranças que recebemos, legados que deixamos
Virou lugar comum ouvirmos falar, nestes últimos dois anos, da sensação de vida pausada. Como se ninguém — mesmo pessoas muito produtivas — houvesse realizado bons feitos e projetos durante esse período. Ouvimos, também, sobre os planos que não deram certo e, principalmente, sobre a incerteza de como viver neste novo momento. Apesar do turbilhão de angústias e incertezas, podemos considerar o simples, mas grandioso, fato de seguirmos vivas e vivos algo a se comemorar. Contudo, esses dois anos de sensação de vida suspensa, tomada ou roubada, nos fizeram questionar individualmente e coletivamente como chegamos até o ponto em que nos encontramos em nossas vidas, se o “velho normal” era algo realmente a se querer de volta e que tipo de “normal” queremos construir no pós-pandemia. Na Revista intransitiva, esse movimento também foi praticamente natural depois de lançarmos as edições “Memórias que nos atravessam” e “Cicatrizes da contemporaneidade”. Ambos os temas também expressam muito do que os próprios membros do projeto viveram durante a pandemia, sobre as memórias que nos vieram à tona e as cicatrizes diversas para as quais fomos forçados a olhar (e cuidar). Assim, foi de maneira bem orgânica que decidimos que o próximo tema seria “Heranças que recebemos, legados que deixamos”.
Mas esta edição está longe de ser apenas mais um diálogo possível com a pandemia do coronavírus.
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