Semenarca

Abstract

Ler um poema é um investimento extenuante, com certeza! Perde-se e acha-se entre palavras, muitas vezes espinhosas e debochadas. Mas, quase que de repente, quando se encontra um dos fios da meada, uma fagulha de sentido, todo o processo de leitura explode em prazer, um pequeno prazer, ou, por melhor dizer: la petite mort – é o que este poema verbivocovisual é de fato. Ele surge a partir da memória de um pequeno-grande momento. Seu toque infantil, à la Drummond de Andrade, abranda e normaliza um acontecimento, título do poema, em que o prazer inebria e, depois, para muitos e muitos jovens, castiga, causando-lhes dores e culpas imensas. Que a leitura desse poema possa reviver esse prazer e exorcizar toda culpa do eventual leitor que, em sua leitura, encontrar algumas quentes fagulhas de sentido.