Implicações gráficas e autorais no processo de produção e circulação de manuscritos no Brasil colonial

Autores

  • Phablo Roberto Marchis Fachin Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v2i2.10008

Palavras-chave:

Filologia Portuguesa, Linguística Histórica, Edição de Manuscritos, Administração Colonial, História da Língua Portuguesa.

Resumo

Neste texto, objetiva-se suscitar discussão sobre questões relacionadas ao tratamento filológico dado à documentação manuscrita da administração colonial portuguesa no Brasil. Oportunidade para se pensar nas relações entre o contexto de produção dos documentos coloniais e o estado de língua documentado, uma tarefa que deve considerar o ambiente em que estão inseridos e todas as implicações a esse respeito, principalmente gráficas e autorais. O corpus deste estudo está composto pela produção documental do governo de Rodrigo César de Menezes, na capitania de São Paulo, entre os anos de 1721 e 1728. Trata-se de cartas, cuja autoria intelectual é atribuída ao governador, mas materialmente produzidas pelo secretário de governo, Gervasio Leyte Rebello, e outros inominados. Para este texto, foram escolhidas 5 das cartas analisadas para exemplificar o alcance do trabalho que está sendo realizado em projeto mais amplo, que visa ao conhecimento aprofundado do contexto de produção e circulação de manuscritos no Brasil colonial e a sua contribuição para os estudos sobre a História da Língua Portuguesa.


Biografia do Autor

Phablo Roberto Marchis Fachin, Universidade de São Paulo

Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Desenvolve pesquisas na área de Filologia Portuguesa e História da Língua.

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Publicado

2016-12-27

Edição

Seção

Artigos - Dossiê Temático