Paleográfico em manuscrito digitalizado do Projeto Resgate Barão do Rio Branco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v7i3.41317

Palavras-chave:

Análise paleográfica. Brasil Colonial. Edição. Indígenas. Transcrição.

Resumo

Neste artigo propõe-se fazer um estudo paleográfico de um manuscrito digitalizado parte do Projeto Resgate Barão do Rio Branco, datado do início do século XIX, escrito pelo Governador da Paraíba ao Príncipe Regente em Portugal. Desse modo, apresentou-se o fac simile, a transcrição, a edição e a análise crítica, com base nos princípios e normas da disciplina Paleografia.  Buscamos também exercitar reflexões com base em estudos sobre os indígenas, as ambiguidades na legislação e na condução por agentes públicos para a “civilização” dos indígenas no Brasil. Portanto, o documento transcrito reafirmou as práticas políticas com vista à integração dos indígenas a fim de homogeneizar a população, no predomínio da população branca, com pensamento eurocêntrico. Igualmente para facilitar as invasões de terras e a produção econômica, rentáveis para o Estado Português. Por fim, o objetivo na transcrição do referido documento foi exercitar as normas e regras da Paleografia, como também melhor compreender os processos políticos e administrativos relacionados com os indígenas no fim do período colonização portuguesa no Brasil.

Biografia do Autor

Edivania Granja da Silva Oliveira, INSTITUTO FEDERAL DO SERTÃO PERNAMBUCANO - IF SERTÃO PE

Professora Efetiva de História no IF Sertão PE Campus Petrolina. Mestre em História pelo PPG em História/UFCG e Doutoranda em História Social USP

Carlos Fernando dos Santos Júnior, SEDUC-PE

Mestre em História pelo PPG em História/UFPE e Professor de História da Rede Básica da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEDUC-PE).

Referências

ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A escrita no Brasil Colônia: um guia para leitura de documentos manuscritos. Recife: Fundaj/UFPE, 1994.

ALMEIDA, Antonio Cavalcante. Aspectos das políticas indigenistas no Brasil. INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 19, n. 3, p. 611-626, jul./set. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.20435/inter.v19i3.1721. Acessado em 28/11/2021.

ARAÚJO, Lana Camila Gomes de; APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. Projeto catálogo geral dos manuscritos avulsos e em códices referentes à história indígena e escravidão negra no Brasil. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, 9., Campina Grande, 2014. Anais [...]. Campina Grande, São Paulo: 2014. Disponível em: http://pesquisa.ufcg.edu.br/anais/2014/resumos/xicicufcg_2956.pdf. Acessado em 28/11/2021.

ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Normas Técnicas para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos. Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br. Acessado em 28/11/2021.

BERWANGER, Ana Regina; LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de paleografia e diplomática. 3. ed. Santa Maria: Editora UFSM, 2008.

HESPANHA, António Manuel. A constituição do Império Português: revisão de alguns enviesamentos correntes. In: FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). O antigo regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa: séc. XVI-XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 163-188.

COSTA, João Paulo Peixoto. Disciplina e invenção: civilização e cotidiano indígena no Ceará (1812-1820). Teresina: UFPI, 2012. (Dissertação de Mestrado em História).

LOPES, Fátima Martins. As mazelas do Diretório dos índios: exploração e violência no início do século XIX. In: OLIVEIRA, João Pacheco de. (Org.). A presença indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2011, p. 241-265.

LOPES, Fátima Martins. Em nome da liberdade: as vilas de índios do Rio Grande do Norte sob o Diretório Pombalino no século XVIII. Recife: UFPE, 2005. (Tese Doutorado em História).

MACHADO, Katia Jane de Souza. História, manuscritos, memória... o resgate da historiografia de continentes no caminhar arquivístico das nações. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA: Conhecimento histórico e dialogo social, 27., 2013. Natal. Anais [...]. Natal: UFRN, 2013. Disponível em: http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1372276881_ARQUIVO_OKOKNovoFormatoKatiaJaneSMachadoTEXTOCOMPLETOXXVIISIMPNACHISTANPUHNATAL15JULHO2013.pdf. Acesso em: 5 nov. 2018.

MATEUS, Elias Theodoro. Os “papéis velhos” na rede: manuscritos digitalizados e a leitura paleográfica. AEDOS: Revista do corpo discente do PPG-História da UFRGS, Porto Alegre, v. 8, n. 18, p. 26-51, ago. 2016.

MAURO, Frédéric. Portugal e o Brasil: a estrutura política e econômica do Império 1580-1750. In: BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina: América Latina colonial. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília, DF: Fundação Alexandre Gusmão, 2012. v. 1, p. 447-476.

MEDEIROS, Ricardo Pinto de. Política indigenista do período pombalino e seus reflexos nas capitanias do norte da América portuguesa. In: OLIVEIRA, João Pacheco de Oliveira (org.). A presença indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memórias. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2011, p. 115-144.

MELLO, Márcia Eliane Alves de Souza e. As Juntas das Missões Ultramarinas: gênese e evolução. Amazônia em Cadernos, Manaus, n. 7-8, p. 49-69, 2001-2002.

PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista do período colonial séc. XVI a XVIII. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 115-132.

POMPA, Cristina. Religião como tradução: missionários, Tupi e “Tapuia” no Brasil colonial. Bauru: Edusc, 2003.

PUNTONI, Pedro. A guerra dos bárbaros: povos indígenas e a colonização do Sertão no Nordeste do Brasil. São Paulo: Edusp, 2002.

SAMPAIO, Patrícia Melo. Política indigenista no Brasil imperial. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil imperial 1808-1831. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. v. 1, p. 177-206.

SANTOS JÚNIOR, Carlos Fernando dos. Os índios nos vales do Pajeú e São Francisco: historiografia, legislação, política indigenista e os povos indígenas no sertão de Pernambuco 1801-1845. Recife: UFPÉ, 2015. (Dissertação de Mestrado em História).

Downloads

Publicado

2021-12-30

Edição

Seção

Artigos - Dossiê Temático