Ordem V2 no português arcaico: revisitando a problemática da periodização
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v1i2.4797Resumo
A discussão acerca da periodização do português em geral se baseia em fatores de cunho morfo-fonológicos. A periodização de Galves, Namiuti e Paixão de Sousa (2006, doravante GNPS), que se baseia em fatores sintáticos, como a posição do verbo, propõe uma divisão alternativa à tradicional, considerando que o português arcaico e clássico eram línguas V2. Contudo, não há consenso em relação à que tipo de gramática pertencia o português em tempos pretéritos. Além disso, a problemática envolve uma questão teórica importante: a periodização de GNPS é baseada na noção de gramática de Chomsky (1985) convencionada como Língua-I, o que apresenta uma consequência sobre o critério de datação dos documentos: uma vez que a emergência de uma nova gramática é analisada como parte do processo de aquisição, um critério de datação relevante a se seguir será não a data em que um texto foi escrito, mas a data de nascimento do autor. No entanto, as discussões acerca da posição do verbo no português arcaico raramente contemplam a questão da periodização. Assim, este artigo se propõe a revisar as principais análises sobre a sintaxe do verbo no português arcaico, relacionando essa discussão com a questão da periodização.
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