De muitas histórias para uma sócio-história do português: um manuscrito oitocentista e uma experiência metodológica

Autores

  • Adilson Silva de Jesus Universidade Federal da Bahia
  • Emília Helena Portella Monteiro de Souza UFBA

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v9i2.56386

Palavras-chave:

Interface. Estudos linguístico-filológicos. Cultura escrita. Livro de Razão. Escolarização

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar uma experiência metodológica, pautada na interface entre os estudos linguístico-filológicos e a História Social da Cultura Escrita, realizada a partir da edição semidiplomática do Livro de Razão do Campo Seco, manuscrito produzido entre 1794 e 1838, por três pessoas da família Pinheiro Canguçu (Antônio Pinheiro Pinto, Inocêncio José Pinheiro e Miguel Joaquim de Castro Mirante) em Bom Jesus dos Meiras, atual cidade de Brumado. Para tanto, caracteriza-se, brevemente, o contexto de formação e difusão do português brasileiro, destacando a importância do diálogo interdisciplinar como um recurso profícuo na reconstituição da história da língua portuguesa. Os resultados obtidos revelam um novo olhar sobre as fontes, com ênfase na elaboração do perfil de quem escreveu e sua posição na comunidade, além de indicar solução para o aspecto da representatividade das fontes. Além disso, é possível reforçar informações sobre o fator escolarização, conhecimento essencial para a compreensão da polarização linguística do Brasil.

 

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Publicado

29-11-2023

Edição

Seção

Artigo - Dossiê "Diálogos entre a sócio-história do português e a história social da cultura escrita"