ΚΑΙ ΣΥ ΤΕΚΝΟΝ. A correspondência helénica de Brutvs, assassino de César: Primeira tradução em língua portuguesa; reflexões; bibliografia
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v9i2.60407Palavras-chave:
Bruto, pseudepistolografia, Poder Romano, alianças políticas.Resumo
Definir a autenticidade das 70 epístolas imputadas ao romano Marco Júnio Bruto é uma questão insolvente. A redação epistolar helénica de foro institucional reunida em vários manuscritos ela revela um estilo discursivo elogiado por muitos. Entre alegados envios e supostas respostas a ordens, solicitações, ameaças, traições, conselhos, desculpas, evidenciam-se amizades e desafetos diplomáticos, escolhas políticas, estratégias bélicas, recursos, alianças de um complexo cenário de povos com os quais o tiranóctono se subscreve. E mais não fosse, uma coloração sentenciosa marcada com tiradas gnómicas perpassa o epistolário aqui vertido pela primeira vez na íntegra em idioma luso. Compete, ao leitor atual ponderar além de uma suposta historicidade dos escritos ou integrá-los total ou parcialmente no foro ficcional enquanto exercícios retóricos de cariz didático, quiçá até panfletário, de datação incerta.
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