As causas morais da corrupção na administração dos diamantes do Brasil
uma carta do Erário Régio de 1789
DOI:
https://doi.org/10.24206/lh.v11i1.66852Palavras-chave:
Corrupção, Moral, Diamantes, Erário Régio, Biblioteca Nacional de PortugalResumo
Este texto apresenta um documento escrito pelo mordomo-mor do Erário Régio, Tomás Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva, ao intendente dos diamantes, Luís Beltrão de Gouvêa de Almeida. Ao recomendar providências para cessar os abusos na administração dos diamantes em Minas Gerais, a autoridade portuguesa empregou a palavra corrupção, a qual era raramente utilizada nas fontes oficias. A partir do manuscrito, de dicionários coevos e de bibliografia sobre o tema, aponta-se brevemente como a corrupção era percebida neste contexto histórico.
Downloads
Referências
BERTRAND, M. Grandeza y miseria del oficio: los oficiales de la Real Hacienda de la Nueva España, siglos XVII y XVIII. Tradução de Mario Zamudio. México: Fondo de Cultura Económica, 2011.
BLUTEAU, R. Vocabulario portuguez & latino. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.
BOSCHI, C. C.; QUINTÃO, R. C. Minas Gerais nos arquivos de Portugal. Belo Horizonte: PUC Minas; Centro de Memória e de Pesquisa Histórica, 2019.
FURTADO, J. F. O livro da capa verde: o Regimento Diamantino de 1771 e a vida no Distrito Diamantino no período da Real Extração. São Paulo: Annablume, 1996.
GARRIGA, C. Crimen corruptionis: justicia y corrupción en la cultura del ius commune (Corona de Castilla, siglos XVI-XVII). Revista Complutense de Historia de América, n. 43, p. 21-48, 2017.
HESPANHA, A. M. Imbecillitas: as bem-aventuranças da inferioridade nas sociedades de Antigo Regime. São Paulo: Annablume, 2010.
PONCE LEIVA, P. Percepciones sobre la corrupción en la Monarquía Hispánica, siglos XVI y XVII. In: ANDÚJAR CASTILLO, F.; PONCE LEIVA, P. (eds.). Mérito, venalidade y corrupción en España y América, siglos XVII y XVIII. Valencia: Albatros, 2016. p. 193-211.
QUINTÃO, R. C. Corrompidos pelo interesse: os diamantes do Brasil e o controle da corrupção (Distrito Diamantino, 1729-1821). 2022. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/45739. Acesso em: 14 fev. 2025.
RAGON, P. Abusivo o corrupto? El conde de Baños, virrey de la Nueva España (1660-1664): de la voz pública al testimonio en derecho. In: ANDÚJAR CASTILLO, F.; PONCE LEIVA, P. (eds.). Mérito, venalidad y corrupción en España y América, siglos XVII y XVIII. Valencia: Albatros, 2016. p. 267-282.
ROMEIRO, A. Corrupção e poder no Brasil: uma história, séculos XVI a XVIII. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
ROMEIRO, A. Ladrões da república: corrupção, moral e cobiça no Brasil, séculos XVI a XVIII. Belo Horizonte: Fino Traço, 2023.
ROSENMÜLLER, C. Patrons, partisans, and palace intrigues: the court society of colonial Mexico, 1702-1710. Calgary: University of Calgary Press, 2008.
ROSENMÜLLER, C. Corruption, abuse, and justice in the Iberian Empires. In: ROSENMÜLLER, C. (ed.). Corruption in the Iberian Empires: greed, custom, and colonial networks. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2017.
SILVA, A. M. Diccionario da língua portugueza. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1789.
VILLARREAL BRASCA, A. Ejemplaridad e imitación: reflexiones acerca de los remédios contra la corrupción en la Monarquía Hispánica. In: CASTILLO, F. A.; LEIVA, P. P. (coords.). Debates sobre la corrupción en el mundo ibérico, siglos XVI-XVIII. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 2018. p. 353-362.
WAQUET, J. Some considerations on corruption, politics and society in Sixteenth and Seventeenth century Italy. In: LITTLE, W.; POSADA-CARBÓ, E. (ed.). Political corruption in Europe and Latin America. London: Institute of Latin American Studies, 1996. p. 21-40.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Régis Clemente Quintão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte:
a. Os autores detêm os direitos autorais dos artigos publicados; os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo dos trabalhos publicados; o trabalho publicado está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento da publicação desde que haja o reconhecimento de autoria e da publicação pela Revista LaborHistórico.
b. Em caso de uma segunda publicação, é obrigatório reconhecer a primeira publicação da Revista LaborHistórico.
c. Os autores podem publicar e distribuir seus trabalhos (por exemplo, em repositórios institucionais, sites e perfis pessoais) a qualquer momento, após o processo editorial da Revista LaborHistórico.