Memória e imaginário ideológico em Ungulani Ba Ka Khosa

Auteurs-es

  • Teresa Manjate Professora Auxiliar na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.

DOI :

https://doi.org/10.35520/mulemba.2022.v14n27a53699

Mots-clés :

PALAVRAS-CHAVE, História, Literatura, memória, imaginário.

Résumé

A História é construída a partir da comparação e da interpretação de documentos – sejam eles escritos ou orais – que pretendem narrar os acontecimentos de um povo ou região, permitindo que esses acontecimentos sejam conhecidos e difundidos como factos reais. Constroem representações da memória coletiva. A literatura é ficção; inscreve visões múltiplas, através de processos de representação. Ao escrever sobre a história de Ngungunhane, o último imperador de Gaza, em Ualalapi (1987), e As Mulheres do Imperador (2018) Ba ka Khosa capitaliza memórias entre factuais, através de passagens de relatos, relatórios e jornais, e imaginários construídos ao longo de gerações como a essência dos poderes outrora assumidos, instituídos e respeitados. O presente artigo pretende analisar as duas obras à luz dos conceitos memória e imaginário.

Biographie de l'auteur-e

Teresa Manjate, Professora Auxiliar na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.

Moçambicana, é Doutora em Literatura Oral e Tradicional Africana pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. É investigadora do Centro de Estudos Africanos e Professora Auxiliar na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.

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Publié-e

2023-02-28