Sob o olhar da última lua
a memória de Amílcar Cabral na escrita de Mário Lúcio Sousa
DOI :
https://doi.org/10.35520/mulemba.2025.v17n32e67782Résumé
O presente artigo investiga a construção narrativa e os recursos discursivos empregados por Mário Lúcio Sousa em A última lua de Homem Grande (2022), com ênfase na memória afetiva que permeia a figura de Amílcar Cabral. O romance reconstrói, por meio de uma narrativa introspectiva, os últimos momentos de vida de Cabral, estabelecendo um diálogo entre passado e presente. Dessa maneira, a obra aborda como a memória, impregnada de afeto e emoções, ressignifica a figura histórica do líder, revelando não apenas os aspectos políticos de sua luta, mas também a dimensão pessoal e afetiva que envolve sua memória. Pode-se dizer que, por meio da mudança ontológica elaborada pelo autor, que desloca o evento histórico para a narrativa ficcional, são percebidas e problematizadas narrativas que vêm arranhar a História, apresentando relatos contrários ou complementares envolvendo a morte de Amílcar Cabral. Assim, a história não escrita é reelaborada pelo escritor, tornando possível, por meio da literatura, um novo olhar sobre as ditas narrativas oficiais.
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