Oralitura em aula de língua portuguesa como espaço para diálogos interculturais

Auteurs

  • Josilene Pinheiro-Mariz UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
  • Marcela de Melo Cordeiro Eulálio UFCG - Universidade Federal de Campina Grande

DOI :

https://doi.org/10.35520/mulemba.2016.v8n15a5334

Mots-clés :

oralitura, literatura, tradição oral, racismo.

Résumé

Intenta-se, neste artigo, discutir a respeito da “oralitura” enquanto caminho eficaz para instigar diá- logos interculturais entre Brasil e Moçambique. Tais ponderações estão ligadas à reinvenção da oralidade enquanto elemento tradicionalmente intrínseco às culturas africanas. Nossas reflexões foram incitadas a partir da leitura de contos de tradição oral, originários dos dois países supracitados, entre estudante do Ensino Médio de uma escola pública, como procedimento elementar para atender à Lei 10.639/2003 que preconiza o ensino da cultura africana e afro-brasileira no ensino básico. Os contos “Porque o negro é preto” e “As mãos dos pretos” abordam a mesma questão: o racismo. Embora pareça ser uma discussão antiga, essa temática ainda provoca controversos posicionamentos, conforme observamos em nossa turma de segundo ano do Ensino Médio. As nossas considerações são ancoradas em Leite (2012), Freitas, (2010), Nunes (2009), Abdalah-Preitceille (2002), Munanga (2005), dentre outros que embasam este estudo. Esta pesquisa-ação é de cunho quali-quantitativo, pois busca identificar fatores que determinam comportamentos, muito provavelmente, subjacentes à vida dos estudantes, enquanto parcela importante da sociedade atual. Os resultados mostram que nessa escola pública, a Lei Federal não é cumprida, refletindo que ainda há a carência de se discutir a literatura/cultura africana não ensino básico.

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Publiée

2016-12-15