Pode a literatura de autoria feminina africana na escola? Uma reflexão sobre os saberes docentes e a ausência de Lília Momplé no ambiente escolar
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2018.v10n19a18882Słowa kluczowe:
saberes docentes, Lília Momplé, Lei 10.639/03.Abstrakt
O artigo traça uma reflexão acerca da importância das produções africanas de língua portuguesa na sala de aula, dando destaque à escritora moçambicana Lília Momplé. Levando em consideração a aplicabilidade da Lei 10.639/03 na sala de aula, refletimos, também, sobre os saberes necessários para a formação docente, a partir dos pontos levantados por Tardif (2007) e associamos a pouca visibilidade que as escritoras dos países africanos de língua portuguesa têm no ambiente escolar. Para isso, destacamos duas narrativas de Lília Momplé, apresentando uma visão sobre estas e ressaltando alternativas de trabalho para o professor conduzir debates em torno da condição feminina. Sendo assim, enxergamos Lília Momplé, uma das principais vozes da literatura moçambicana, como uma autora significativa a ser trabalhada na sala de aula, abrindo caminho para haver uma maior representatividade das produções literárias africanas de autoria feminina nas escolas brasileiras.
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