DE VOLTA AO PASSADO: REVISITANDO A HISTÓRIA BIOGEOGRÁFICA DAS FLORESTAS NEOTROPICAIS ÚMIDAS
DOI:
https://doi.org/10.4257/oeco.2017.2102.01Keywords:
Amazon, Atlantic Forest, biodiversity, biogeography, NeotropicAbstract
A alta diversidade biológica observada nas florestas tropicais úmidas é um fato que intriga pesquisadores ao redor de todo o mundo, principalmente em relação aos processos históricos responsáveis por sua origem e manutenção. Para as florestas úmidas neotropicais não é diferente. Aqui, nós revisitamos as principais hipóteses que explicam os processos responsáveis por gerar o padrão de diversidade atual, assim como aquelas que inferem possíveis modificações geográficas sofridas pelas florestas úmidas neotropicais ao longo do tempo. Nós consideramos diferentes fontes como estudos paleoclimáticos, de pólen fóssil, filogeográficos, modelos ecológicos e evolutivos, com o objetivo de sintetizar a história biogeográfica e avançar com o debate acerca de suas conexões e fragmentações pretéritas. As evidências apontam que não existe uma causa única que tenha sido capaz de moldar a biodiversidade desses ambientes. Na realidade, a complexidade parece ser a regra nessa região, com hipóteses contrastantes entre si em termos de mecanismos causais, ou mesmo duração no tempo geológico, enquanto outras hipóteses são exclusivas para explicar a diversificação de grupos taxonômicos restritos.
ABSTRACT - BACK TO THE PAST: REVISITING THE BIOGEOGRAPHIC HISTORY OF NEOTROPICAL RAINFORESTS The high biological diversity observed in the tropical rainforests is a fact that intrigues researchers around the world, especially regarding historical processes responsible for their origin and maintenance. For Neotropical rainforests is not different. Here, we revisited the main hypotheses about the origins and changes in Neotropical rainforests over time, based on different studies as paleoclimatic, fossil pollen, phylogeographic, ecological models and evolution, in order to synthesize its biogeographical history and advancing in debate about its connections and preterit fragmentations. Evidence suggests that there is no single cause shaping the biodiversity of these environments. In reality, the complexity seems to be the rule in this region, inferred by several hypotheses and many particularities for each studied taxonomic group.