ECHINODERMS AS CLUES TO ANTARCTIC ~ SOUTH AMERICAN CONNECTIVITY

Autores

  • Carlos Alberto de Moura Barboza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Rafael Bendayan de Moura Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Andre Monnerat Lanna
  • Thayane Oackes
  • Lúcia Siqueira Campos

Palavras-chave:

echinoderms, biogeography, connectivity, Antarctica, South America

Resumo

EQUINODERMOS COMO INDICADORES  DA CONECTIVIDADE ANTÁRTICA ~ AMÉRICA DO  SUL.  O isolamento  e  mudanças  climáticas  levaram  a  uma  biota  marinha  antártica  rica  em  táxons endêmicos.  Entretanto  existem  evidências  de  ocorrência  de  várias  espécies  marinhas  compartilhadas  entre o  Oceano Austral  e  outras  bacias  oceânicas.  Este  manuscrito  revê  os  táxons  de  equinodermos  conhecidos para a Antártica e América do Sul e avalia algumas evidências para a conectividade entre estes continentes. Metadados de vários estudos e dados da margem continental brasileira foram utilizados para as análises. Um total de 602 espécies de equinodermos foi registrado até o presente para as duas regiões, 101 das quais (~17%) são  compartilhadas  entre Antártica  e América  do  Sul  e,  destas,  aproximadamente  47%  são  tipicamente  de oceano profundo. Uma elevada riqueza de espécies foi encontrada na Península Antártica, Ilhas Shetland do Sul e Geórgia do Sul, possivelmente resultante do maior esforço amostral nessas regiões. A distinta história geológica e atividades tectônicas desempenham um papel importante na  regulação das associações faunísticas bentônicas dessas regiões. Foi encontrada uma considerável sobreposição entre a fauna de equinodermos do cone Sul Americano e, especialmente, as regiões no entorno da Península Antártica. Os equinodermos da  margem  profunda  brasileira  distinguiram-se  daqueles  encontrados  na  extremidade  do  continente, embora  tenham  ocorrido  algumas  espécies  compartilhadas.  Uma  transição  das  associações  de  espécies foi  encontrada  na  margem  uruguaia. Além  disso,  a  região  magelânica  apresentou  mais  afinidades  com  a margem Atlântica argentina e com as Ilhas Falkland/Malvinas do que com a margem chilena no Pacífico. As Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul apresentaram-se como regiões de transição entre as regiões Sul Americanas e Antárticas, possuindo espécies compartilhadas com os dois continentes. A taxa relativamente baixa entre o número de espécies compartilhadas e o número total de espécies registradas para as regiões na Antártica  mostraram  que  a  maioria  das  espécies  é  provavelmente  endêmica  do  Oceano Austral.  Mas, futuras  explorações  das  margens  profundas  tanto  da América  do  Sul  quanto  da Antártica  e  suas  bacias oceânicas podem revelar um número maior de espécies compartilhadas que as registradas aqui. Todas estas comparações devem ser apoiadas por calibração taxonômica e uso de ferramentas moleculares para que se possa distinguir adequadamente espécies crípticas e avaliar a estrutura genética das populações, já que essas informações podem levar a uma melhor compreensão dos padrões biogeográficos observados.

Palavras-chave: Zoogeografia; echinodermata; biodiversidade; frente polar; Oceano Austral.

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Publicado

2017-02-20