MERCURY AND PLANKTON IN TROPICAL MARINE ECOSYSTEMS: A REVIEW

Autores

  • Helena do Amaral Kehrig Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Bioaccumulation, biomagnification, trophic transfer, methylmercury, inorganic mercury

Resumo

MERCÚRIO E PLÂNCTON EM ECOSSISTEMAS MARINHOS TROPICAIS: UMA REVISÃO. O mercúrio (Hg) é um metal exógeno e prejudicial à saúde que se acumula nos tecidos dos organismos ao longo das cadeias alimentares. O estudo da bioacumulação do Hg pelo plâncton é de grande importância para a compreensão dos processos marinhos relacionados à sua acumulação e biomagnificação. O plâncton é um indicador da qualidade da água, pois, tem um ciclo de vida curto, e a sua composição de espécies responde rapidamente às mudanças ambientais da coluna d' água. Há um consenso de que o Hg entra na cadeia alimentar via  fitoplâncton,  que  posteriormente,  é  bioacumulado  pelos  demais  elos  da  cadeia  através  da  transferência trófica.  Enquanto  o  fitoplâncto n bioconcentr a  o H g d a água , comparativamente , pouc o s e sab e  a respeito das concentrações, dinâmicas e controles sobre a biodisponibilidade e assimilação do Hg nos ecossistemas marinhos. O plâncton é uma das últimas matrizes a ser estudada de forma sistemática em pesquisas sobre Hg. Estes organismos da base da cadeia alimentar têm sido objeto de vários estudos sobre os efeitos biológicos da contaminação dos ecossistemas aquáticos, como os ocorridos na Austrália, costa da Califórnia (EUA) e Mar  Báltico.  Entretanto,  poucos  deles  reportaram  este  assunto  em  ecossistemas  marinhos  tropicais.  Nesta revisão  são  apresentados  alguns  dados  sobre  o  mercúrio  em  plâncton  marinho  tropical,  baseando-se  em estudos desenvolvidos no Oceano Pacífico Tropical, no Mar Arábico, no Golfo da Tailândia e no Atlântico Sul. Estes estudos contribuíram para um melhor entendimento sobre o comportamento, destino e transporte do mercúrio nos ecossistemas marinhos tropicais. A escassez de dados sobre o Hg em plâncton marinho pode ser atribuída à dificuldade de coleta, preparo e análise destas amostras. As coletas comumente são influenciadas por  alguns  parâmetros,  os  quais  definem  quantitativamente  e  qualitativamente  os  grupos  taxonômicos  de plâncton presentes. Dentre esses parâmetros podem ser citados a luminosidade, fase da lua, ciclo das marés, a profundidade da coluna de água e parâmetros físicos e químicos da água.

Palavras-chave: Bioacumulação; biomagnificação; transferência trófica; metilmercúrio; mercúrio inorgânico.

Biografia do Autor

Helena do Amaral Kehrig, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Química Industrial e em Bacharelado em Química pela PUC-Rio (1983), Mestrado em Química, na área de Química do Mar, pela PUC-Rio (1992) e Doutorado em Ciências (Biofísica Ambiental) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). No período de 2009 - 2010, realizou o seu Pos Doutorado Sênior, no Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, IBCCF, UFRJ. Atualmente é Pesquisador Visitante do Lab. de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, IBCCF, UFRJ e Professor Credenciado do Programa de Pós - Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da UENF. Desde 1989 vem desenvolvendo pesquisa e participando de projetos na área de Ecologia Aplicada, com ênfase em Química do Meio Ambiente na Ärea de Especiação do Mercúrio e Elementos-Traço. Atua principalmente nos aspectos ambientais, sanitários e ecotoxicológicos da poluição ambiental pelos elementos-traço, especialmente mercúrio (metilmercúrio) e selênio,  na costa Brasileira e em áreas de garimpo de ouro da Amazônia Legal.

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Publicado

2017-02-20