A PRAGA DE CIPRIANO DE CARTAGO (C. 249‑270 D.C.): UMA RESPOSTA POLÍTICA E SOCIAL À PANDEMIA
DOI:
https://doi.org/10.26770/phoinix.v26.2n09Palavras-chave:
pandemias, Império Romano, cidade tardo‑antiga, Cipriano de Cartago.Resumo
A Praga de Cipriano foi uma pandemia que durou 21 anos, entre 249 e 270 d.C., ocorrida no contexto do período denominado, convencionalmente, Crise do Século III (235‑284 d.C.). No presente artigo, busca-se expor as principais correntes de interpretação acerca dessa pandemia, de modo a compreender como esse surto epidêmico impactou um contexto de acontecimentos críticos, o qual impôs desafios ao Estado imperial e à sua população. Nesse sentido, com base nas evidências documentais disponíveis, intenta-se refletir sobre as respostas sociais e políticas dadas à pandemia, a partir da compreensão das políticas empreendidas pelos imperadores no espaço temporal da ocorrência dessa praga. Recorre-se, para tanto, aos tratados Ad Demetrianus e De mortalitate, de Cipriano de Cartago, entre outros documentos de autores antigos que fornecem dados sobre a pandemia (De laudi martirii, de Pseudo‑Cipriano; Vita Cipriani, de Pôncio, o Diácono; Epistula, de Dionísio de Alexandria, descrita por Eusébio de Cesareia, em Historia Ecclesiastica). Em nossa opinião, a Praga de Cipriano foi um expressivo aspecto do chamado contexto da Crise do Século III, que influenciou diretamente as políticas religiosas e sociais dos imperadores romanos do período, em especial, no tocante aos territórios da África romana.
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