A PRAGA DE CIPRIANO DE CARTAGO (C. 249‑270 D.C.): UMA RESPOSTA POLÍTICA E SOCIAL À PANDEMIA

Autores

  • Érica Cristhyane Morais da Silva Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Franca (Unesp/Franca). Professora de História Antiga no Departamento de História do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano, Seção Espírito Santo (Leir‑ES), e do Grupo do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano, Seção Franca (G.Leir‑Franca). https://orcid.org/0000-0003-0099-5848
  • Belchior Monteiro Lima Neto Doutor em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Professor de História da África no Departamento de História do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da Ufes. Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano, Seção Espírito Santo (Leir‑ES), com pesquisa financiada pelo Edital Universal da Fapes. https://orcid.org/0000-0003-4119-596X

DOI:

https://doi.org/10.26770/phoinix.v26.2n09

Palavras-chave:

pandemias, Império Romano, cidade tardo‑antiga, Cipriano de Cartago.

Resumo

A Praga de Cipriano foi uma pandemia que durou 21 anos, entre 249 e 270 d.C., ocorrida no contexto do período denominado, convencionalmente, Crise do Século III (235‑284 d.C.). No presente artigo, busca-se expor as principais correntes de interpretação acerca dessa pandemia, de modo a compreender como esse surto epidêmico impactou um contexto de acontecimentos críticos, o qual impôs desafios ao Estado imperial e à sua população. Nesse sentido, com base nas evidências documentais disponíveis, intenta-se refletir sobre as respostas sociais e políticas dadas à pandemia, a partir da compreensão das políticas empreendidas pelos imperadores no espaço temporal da ocorrência dessa praga. Recorre-se, para tanto, aos tratados Ad Demetrianus e De mortalitate, de Cipriano de Cartago, entre outros documentos de autores antigos que fornecem dados sobre a pandemia (De laudi martirii, de Pseudo‑Cipriano; Vita Cipriani, de Pôncio, o Diácono; Epistula, de Dionísio de Alexandria, descrita por Eusébio de Cesareia, em Historia Ecclesiastica). Em nossa opinião, a Praga de Cipriano foi um expressivo aspecto do chamado contexto da Crise do Século III, que influenciou diretamente as políticas religiosas e sociais dos imperadores romanos do período, em especial, no tocante aos territórios da África romana.

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Publicado

2020-12-07

Como Citar

SILVA, Érica Cristhyane Morais da; LIMA NETO, Belchior Monteiro. A PRAGA DE CIPRIANO DE CARTAGO (C. 249‑270 D.C.): UMA RESPOSTA POLÍTICA E SOCIAL À PANDEMIA. PHOÎNIX, [S. l.], v. 26, n. 2, p. 157–187, 2020. DOI: 10.26770/phoinix.v26.2n09. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/39909. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos