Totalidade, reprodução social e divisão sexual-racial do trabalho no capitalismo dependente
Palavras-chave:
reprodução social, totalidade, racismo, patriarcado, capitalismo dependente.Resumo
Este artigo busca utilizar as ferramentas teóricas da Teoria da Reprodução Social para compreender de que forma a divisão sexual-racial do trabalho se expressa no terreno da reprodução social diante da totalidade do capitalismo. Abordaremos, em particular, como isso se dá nos países de capitalismo dependente, que é o caso do Brasil e da América Latina, onde há uma força de trabalho estruturalmente superexplorada graças a relações sociais de classe marcadamente racistas e patriarcais e a um desenvolvimento histórico desigual e combinado em relação aos países imperialistas.
Referências
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é Racismo Estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
ARRUZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi. Teoría de la Reproducción Social: Elementos fundamentales para un feminismo marxista. Archivos de Historia del Movimiento Obrero y la Izquierda, n. 16, p. 37-69, 22 mar. 2020.
ARRUZA, Cinzia. Funcionalista, determinista e reducionista: o feminismo da reprodução social e seus críticos. Cadernos Cemarx, Campinas, n. 10, 2017.
BEHRING, Elaine R. Rotação do Capital e Crise: fundamentos para compreender o fundo público e a política social. In: SALVADOR, Evilásio; BOSCHETTI, Ivanete; BEHRING, Elaine; GRANEMANN, Sara (orgs.). Financeirização, Fundo Público e Política Social. São Paulo: Cortez, 2012.
BENSAID, Daniel. Marx, o intempestivo: grandezas e misérias de uma aventura crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
BHATTACHARYA, Thithi. Social Reproduction Theory – Remapping Class, Recentering Oppression. London: Pluto Press, 2017.
CATANI, Afrânio Mendes. O que é Capitalismo? São Paulo: Brasiliense, 1980.
CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the intersection of race and sex: a black feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. The University of Chicago Legal Forum, Chicago, n. 140, p. 139-167, 1989.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016
DELPHY, Cristine. L’enemie principal: économie politique du patriarcat. v. 1. Paris: Éditions Syllepse, 2009.
FERGUSON, Susan. Feminismos interseccional e da reprodução social: rumo a uma ontologia integrativa. Cadernos Cemarx, Campinas, n. 10, 2017.
FERNANDES, Florestan. Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.
GLENN, Evelyn Nakano. From Servitude to Service Work: Historical Continuities in the Racial Division of Paid Reproductive Labor. Signs, v. 18, n. 1, 1992, p. 1-43.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. In: Caderno de formação política do Círculo Palmarino, Batalha de Ideias, n. 1, Brasil, 2011.
GONZALEZ, Lélia. Primavera para as rosas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa. São Paulo: Editora Filhos da África, 2018.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje. Rio de Janeiro: ANPOCS, 1984. p. 223-244.
HIRATA, Helena et al. (org.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
IAMAMOTO, Marilda. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez, 2006.
KERGOAT, Danièle. Dynamique et consubstantialité des rapports sociaux. Dorlin, Elsa Dorlin (dir.). Sexe, race classe: pour une épistémologie de la domination. Paris: PUF; Actuel Marx Confrontation, 2009. p. 111-125.
LUCE, Mathias Seibel. Teoria Marxista da Dependência: problemas e categorias – uma visão histórica. São Paulo: Expressão Popular, 2018.
LUKÁCS, Georg. Existencialismo ou marxismo. São Paulo: Senzala, 1967.
MARINI, Ruy Mauro. Dialéctica da dependência. Lisboa: Ulmeiro, 1981.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1 (v. 1). 9. ed. São Paulo: Difel, 1984.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. Petrópolis: Vozes, 1976.
VOGEL, Lise. Marxism and the opression of woman. Boston: Brill, 2013.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Praia Vermelha está licenciada sob a licença Creative Commons BY 4.0. Para ver uma cópia desta licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons BY 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Após a publicação da edição, autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal).