Mal passado:

por uma historiografia da dança a partir de uma perspectiva marxista anticolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.58786/rbed.2022.v1.n1.52367

Palavras-chave:

Dança, História da dança, Marxismo

Resumo

Esse artigo destaca os desafios em se pesquisar o campo de conhecimento História debruçado sobre a prática da dança e suas produções, particularmente quando organizado como componente curricular num curso de formação superior em dança – uma licenciatura. A crise que se atravessa diante do reconhecimento colonizador de um conhecimento é aqui analisada a partir de uma perspectiva marxista anticolonial onde os questionamentos diante dos conteúdos e das narrativas históricas tomam um lugar central. Para além, se pergunta que lugar ocupa os conhecimentos da história oficial da dança. Como fazer cruzar os conhecimentos já produzidos com a realidade e as histórias dos sujeitos do tempo presente? Dessa forma, as análises historiográficas da dança acabam destacando o que se constituiu e ainda se mantem como hegemônico e o que foi invisibilizado. O mal passado existente e vivido no presente, que carrega em si as contradições e a condição de reelaboração e transformação.

Biografia do Autor

Luciana Gomes Ribeiro, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Doutora em História pela Universidade Federal de Goiás (2010), com investigação nas interfaces entre a História e a Dança a partir da constituição da prática artística de dança na cidade de Goiânia. Mestre em Pedagogia do Movimento/Educação Física pela UNICAMP (2003), com pesquisa em Dança, processos de criação. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás/IFG, Campus Aparecida de Goiânia – Artes. Atua no curso de Licenciatura em Dança e no Técnico integrado ao Ensino Médio. Professora Permanente do PPG em Artes, Mestrado Profissional em Ensino de Artes – Rede ProfArtes. Membra do Grupo de Pesquisa InComum IFG/CNPq e do Grupo de Pesquisa em Memória e História da Dança UFG/CNPq. Autora do livro “Breves Danças à Margem”, 2019.

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Publicado

2022-07-15 — Atualizado em 2023-12-01

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