Histórias e historiografias de Dança: problematizando o ensino e os currículos na formação universitária
DOI :
https://doi.org/10.58786/rbed.2022.v1.n1.52363Mots-clés :
História, Dança, Formação, Ensino.Résumé
Este artigo surge das partilhas obtidas no II Seminário Internacional de História(s) de Dança(s), realizado em dezembro de 2020, em formato remoto. O seminário abordou a temática “Quais as especificidades de se pensar e fazer historiografias em dança em lugares que passaram pelo processo colonial na condição de colônias?”. As reflexões aqui concentram-se alicerçadas mais em perguntas do que em respostas, especialmente aquelas que podem parecer herméticas e verdades absolutas. As problemáticas que apontarei colocam em questão os currículos de formação e buscam problematizar o ensino de história da dança, especialmente em um curso de Licenciatura em Dança de uma universidade federal brasileira. Este ensaio carrega atravessamentos que são frutos de relações e diálogos estabelecidos ao longo de minha trajetória acadêmica, portanto, faz parte da práxis que vem se construindo nas andanças do meu caminho dançante, observando estas trajetórias como um “processo de articulação entre os subalternos” (Spivak, 2010).
Références
ARAÚJO, Olga Brigitte Oliva. PURPER, Raquel. Pensarfazer Dança desde uma perspectiva contemporânea e Decolonial. Revista Arte da Cena. V.6, n.2, Ago-dez/2020. Disponível em < https://www.revistas.ufg.br/artce/article/view/65655> acesso em set/ 2021.
ARROYO, Miguel G. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. Jan/Fev/Mar/Abr 2002 Nº 19. Disponível em < https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf&lang=pt> acesso em julho/2020.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
CORTELLA, Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo, Cortez, 2011.
COSTA, Joaze Bernardino. TORRES, Nelson Maldonato. GROSFOGUEL, Rámon. Decolonialidade e pensamento afrodisapórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
EARP, Helenita Sá. Fundamentos da Dança. Disponível em < https://www.helenitasaearp.com.br/fundamentos-da-danca> acesso em: dezembro 2021.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2017.
GOMES, Nilma Lino. RAÇA E EDUCAÇÃO INFANTIL: À PROCURA DE JUSTIÇA. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.17, n.3, p.1015-1044jul./set. 2019. Disponível em < https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/44232/29876> acesso em setembro/2021.
GOMES. Nilma Lino. O movimento negro e a intelectualidade negra descolonizando os currículos. In: COSTA, Joaze Bernardino. TORRES, Nelson Maldonato. GROSFOGUEL, Rámon. Decolonialidade e pensamento afrodisapórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
GUARATO, Rafael. Historiografia da dança: teorias e métodos. São Paulo: Annablume, 2018.
JACINTO, Daniela. Criador da Pedagogia Histórico-Crítica fala sobre o papel da escola. Jornal Cruzeiro do Sul. 13/03/2014. Disponível em < https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/536125/criador-da-pedagogia-historico-critica-fala-sobre-o-papel-da-escola> acesso em novembro/2021.
MIGNOLO, Walter D. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, no 34, p. 287-324, 2008.
NHUR, Andréia. Historiografia dançada: escritas memoriais a partir da dança do cisne. In: GUARATO, Rafael. Historiografia da Dança: Teorias e Métodos.1 ed.São Paulo: Annablume, 2018
NÓVOA, António, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFISSÃO DOCENTE. In: Os professores e a sua formação. Lisboa : Dom Quixote, 1992.
O’SHEA, Janet. Decolonizar o currículo? Possibilidades para desestabilizar a formação em performance. Revista Brasileira de Estudos da Presença. Porto Alegre, v.8, n.4. Acesso em < https://www.scielo.br/j/rbep/a/jqkjFQLxkzkQ94Czg9dHtKN/?lang=pt&format=pdf> acesso em setembro/2021
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro: v.2,
QUIJANO, Anibal. A colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. Buenos Aires, 2005. Disponível em < http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf> acesso em outubro/2021
RIBEIRO, Darcy. Sobre o óbvio. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
SAVIANI, Demerval. A pedagogia no Brasil – história e teoria. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Editora UFMG: Belo Horizonte, 2010.
TAMBUTTI, Susana. GIGENA, Maria Martha. Memórias do presente, ficções do passado. In: GUARATO, Rafael. Historiografia da Dança: Teorias e Métodos.1 ed.São Paulo: Annablume, 2018
WILCOX, Emily. Quando os lugares importam: provincializando o “global” / When places matter: provincializing the global. In: Rethinking Dance History, Vol. 2, Routledge 2018. Tradução de Rafael Guarato.
Téléchargements
Publiée
Versions
- 2024-05-10 (5)
- 2023-12-01 (4)
- 2023-11-30 (3)
- 2023-11-30 (2)
- 2022-07-15 (1)
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans la Revista Brasileira de Estudos em Dança sont responsables du contenu des articles signés et en conservent les droits d'auteur. Ils accordent au journal le droit de première publication avec le travail simultanément sous Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 License (Open Archives Initiative - OAI). Cette ressource, utilisée pour les revues en libre accès, permet de partager l'œuvre à des fins non commerciales avec mention de la paternité. Si le texte est publié ultérieurement dans une autre revue, l'auteur doit indiquer qu'il a été publié à l'origine comme article dans la Revista Brasileira de Estudos em Dança. Ainsi, même si la revue est propriétaire de la première publication, les auteurs ont le droit de publier leurs œuvres dans des dépôts institutionnels ou sur leurs pages web personnelles, même si le processus éditorial n'est pas terminé.
La revue se réserve le droit d'apporter des modifications normatives, orthographiques et grammaticales afin de maintenir le standard linguistique, en respectant toutefois le style de l'auteur.