Calibre e formato de agulhas e sua relação com a incidência de cefaleia pós-punção dural: Uma revisão sistemática

Autores/as

  • Leonardo Sotto Maior do Valle Pinheiro
  • Tacio Rafael Santos Batista
  • Giovanna Resende de Oliveira Lopes
  • Julia Antunes Queiroz Guarçoni de Almeida
  • Juliana Carvalho Matsuyama
  • Yasmin Motta Groppo
  • Paula de Sousa Silva
  • Gustavo Morandi Costa Xavier Hespanhol
  • Marcelo Quesado Filgueiras

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v60i1.64139

Resumen

Introdução: A cefaleia pós punção dural (CPPD) é uma complicação da punção lombar, um procedimento que, apesar de bem tolerado, está sujeito a adversidades, ocorrendo devido a um vazamento persistente do líquido cefalorraquidiano (LCR) do local da punção dural. A incidência de CPPD pode estar relacionada às características dos pacientes e dos procedimentos. Notou-se que em mulheres jovens até 30 anos, o risco de CPPD é maior quando comparado aos homens, não apresentando diferença a partir da quinta década de vida.

Objetivo: investigar os diferentes sintomas e efeitos gerados pelos diferentes tipos de agulha, como calibre e modo de inserção, que visem reduzir a CPPD.

Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada no período de 2 de agosto a 20 de novembro de 2023 por meio de pesquisas no PubMed. Foram utilizados os descritores: "Post-Dural Puncture Headache” e suas variações do MeSH, sendo submetidos aos critérios de inclusão: estudos em humanos, nos últimos 10 anos, ensaios clínicos e ensaios clínicos controlados e randomizados. Para garantir a qualidade da revisão sistemática foi aplicada a lista de verificação PRISMA de 2020. Resultados: Após investigação estatística, observou-se que as agulhas 25W e 25S demandaram maior tempo médio para a coleta de LCR (15 e 7 min, respectivamente). Ao se comparar 25W com 20Q (3 min), 22S (5 min) e 25S quanto à esta variável, observou-se diferença significativa em todas as comparações.

Conclusão: As agulhas do tipo atraumática foram associadas com redução do risco de desenvolvimento de CPPD quando comparadas às convencionais. Foi constatado que, dentre as agulhas convencionais, a traumática de 25G é melhor para a prevenção de CPPD que a de 22G.

Publicado

2024-05-27