CONCEITOS, NORMAS E NÚMEROS: UMA INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20500/rce.v12i23.3454

Palavras-chave:

educação quilombola, educação do campo, políticas públicas, demografia

Resumo

Este texto tem por objetivo introduzir o leitor na temática da “educação  quilombola” por meio da apresentação dos seus conceitos básicos, das políticas públicas  a eles relacionadas e, finalmente, dos números oficiais relativos à alfabetização da  população quilombola e às escolas situadas em territórios quilombolas. No trato dos  números, estabelecemos uma primeira comparação com as categorias de “educação  escolar indígena” e de “escolas rurais”. Trata-se de uma aproximação do tema por meio da definição dos seus contornos mais largos,  indo do conceitual ao quantitativo, passando pelo normativo.

Biografia do Autor

José Maurício Andion Arruti, UNICAMP

Professor do Departamento de Antropologia da UNICAMP, desenvolve pesquisas em etnologia indígena e quilombola, sobre os temas etnicidade e memória, território e mobilidade, em interface com a Antropologia política e do Direito. Formado em História pela UFF, mestre e doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ, entre 2003 e 2006 atuou como pesquisador do CEBRAP e entre 2007 e 2011 foi prof. no PPG em Educação da PUC-Rio, onde coordenou o Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação. Em 2006, publicou o livro "Mocambo - Antropologia e história do processo de formação quilombola" (Prêmio CEAB/F. Ford'2003 e Prêmio ANPOCS-EDUSC´2005). No campo da Antropologia Pública realizou laudos (Mocambo, 1997; Entre-Serras Pankararu, 1999; Preto Forro, 2002; Cangume, 2003; Marambaia, 2003; Sapê do Norte, 2004; Cabral, 2008) e coordenou projetos de pesquisa, formação e comunicação em organizações da sociedade civil (1998-2006), além de criar e editar o site Observatório Quilombola (2005-2009). Atualmente é coordenador do Doutorado de Ciências Sociais da UNICAMP, diretor do Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena (CPEI) e coordenador do LAPA - Laboratório de Pesquisa e Extensão com Povos Tradicionais Afro-americanos, vinculado ao CERES - Centro de Estudos Rurais.

Referências

ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mônica Castagna(org.). 2008. Por Uma Educação Do Campo. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes.

ARRUTI, José Maurício. 2008. “Quilombos”. In: Raça: PerspectivasAntropológicas. [org. Osmundo Pinho]. ABA / Ed. Unicamp / EDUFBA. Acessado em 30/10/2014: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8749/1/_RAC%CC%A7A_2ed_RI.pdf_.pdf

ARRUTI, José Maurício. 2009. “Políticas Públicas para quilombos: Terra, Saúde e Educação” In: Marilene de Paula e Rosana Heringer. (Org.). Caminhos Convergentes - Estado e Sociedade na Superação das desigualdades Raciais no Brasil, Rio de Janeiro: Fundação HenrichBoll, ActionAid, v. 1, p. 75-110. Acessado em 30/10/2014: http://br.boell.org/sites/default/files/caminhos_convergentes.pdf

CARNEIRO, Édson. 1988 [1958]. O quilombo dos Palmares. Rio de Janeiro: Companhia Nacional (Brasiliana, 302).

CCN / SMDDH, 1998. Projeto vida de negro: 10 de luta pela regularização e titulação das terras de preto do Maranhão.: São Luís.

FRASER, Nancy. 1997. Justice interruptus. Critical reflections on the “postsocialist” condition. Nova York e Londres: Routledge.

GOMES, F. S. .Histórias de Quilombolas. Mocambos e Comunidades de Senzalas no Rio de Janeiro -- séc. XIX -- Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Companhia das Letras, 2006b.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. 2002. Classes, Raças e Democracia. São Paulo, FUSP/ Editora 34.

HASEMBALG, Carlos. 1992. “Discurso sobre a raça: pequena crônica de 1988”. EmHasembbalg, C. e Silva, Nelson do V. Relações raciais no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Rio Fundo ed./ IUPERJ.

MOURA, Clóvis. 1972. Rebeliões da senzala: quilombos, insurreições, guerrilhas. São Paulo: Conquista.

NASCIMENTO, Abdias. 1980. O Quilombismo. Petrópolis: Vozes, 281p.

REIS, João José e Gomes, Flávio (orgs). 1996. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 509p.

SILVEIRA, Oliveira 1997. “Como surgiu o 20 de Novembro?”. EmThoth, n.3.

SOARES, Carlos Eugênio Líbano. 1998. Zungu: rumor de muitas vozes. 1. ed. Rio de Janeiro: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, 130 p.

Downloads

Publicado

2017-04-27

Edição

Seção

Número Temático: Avaliação educacional: desafios e perspectivas no cenário nacional e internacional