Resumo
O artigo apresenta uma reflexão sobre uma experiência de trabalho que envolveu professores, uma psicóloga e uma assistente social em uma escola da rede municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro. A partir da incidência de “crises de ansiedade” e de algumas situações de desmaios em alunos e alunas da escola nos anos de 2021 e 2022, o trabalho coletivo entre a escola e o Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares construiu um espaço de escuta que buscou dar lugar a esse fenômeno, tendo como direção de trabalho evidenciar as singularidades ali presentes. A contribuição teórica da psicanálise, combinada aos saberes e práticas próprios à educação de perspectiva crítica, se mostrou central na experiência aqui descrita e examinada. Marcada pelo inacabamento característico das relações entre sujeitos, a prática pôde proporcionar alguns deslocamentos e elaborações diante do estigma que se estabelecia naquela situação.
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