Resumo
“Solilóquios em terra seca ou Aquela canção que a moça americana não conseguia lembrar” é o título de um trabalho cênico realizado em uma escola do interior gaúcho que versa sobre a violência que atinge crianças e adolescentes na guerra da Síria, a partir de diferentes fontes acerca da questão. Tendo como mote os pressupostos teóricos e artísticos inerentes ao teatro documentário, o presente artigo discute o procedimento de reflexão, assimilação e ficcionalização dessas narrativas documentais ao longo das aulas, em um processo que desembocou, posteriormente, em uma dramaturgia que transita entre o real e o ficcional, característica predominante no teatro de cunho documental na contemporaneidade.
Referências
Baumgärtel, S. (2011). Estratégias de escrita teatral não-dramáticas e a oficina de dramaturgia no contexto contemporâneo: Algumas reflexões preliminares. O Teatro Transcende,16(1), 2-11. https://doi.org/10.7867/2236-6644.2011v16n1p02-11
Boal, A. (2015). Jogos para atores e não atores. São Paulo: Cosac Naify.
Chartier, R. (1990). A história cultural: Entre práticas e representações. Lisboa: Difel.
Cornago, O. (2005). Biodrama: Sobre el teatro de la vida y la vida del teatro. Latins American Review, 39(1), 5-27.
Cuche, D. (2002). A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: Universidade Sagrado Coração.
Da-Rin, S. (2008). Espelho partido: Tradição e transformação do documentário. São Paulo: Azougue.
Dawson, G. F. (1999). Documentary theatre in the United States: An historical survey and analysis of its content, form, and stagecraft. Westport: Greenwood.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Freire, P. (2009). Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra.
Heller, A. (1985). O cotidiano e a história. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Hermann, N. (2014). Ética e educação: Outra sensibilidade. Belo Horizonte: Autêntica.
Hooks, B. (2023). Tudo sobre o amor: Novas perspectivas (S. Borges, Trad.). São Paulo: Elefante.
Lena Júnior, H. (2012). Uma reflexão acerca do conceito de cultura política. Confluências, 12(1), .111-133
Lescot, D. (2012). Teatro documentário. In J. P. Sarrazac (Org.), Léxico do drama moderno e contemporâneo. São Paulo: CosacNaify.
Lévinas, E. (2008). Totalidade e infinito. Lisboa: 70.
Lévinas, E. (2012). Humanismo do outro homem (4a ed.). Petrópolis: Vozes.
Martin, C. (2012). Dramaturgy of the real on the world stage. London: Palgrave Macmillan.
Nichols, B. (2005). Introdução ao documentário. Campinas: Papirus.
Pavis, P. (2005). Dicionário de teatro (J. Guinsburg, & M. L. Pereira, Trads.). São Paulo: Perspectiva.
Picon-Vallin, B., & Magris, E. (2019). Les théâtres documentaires. Montpellier: Deuxième Époque.
Piscator, E. (1968). Teatro político. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Rawick, M. (2018). O diário de Myriam. Rio de Janeiro: Dark Side.
Rewald, R. (2010). Dramaturgia: O texto e tudo mais ao redor. Sala Preta, 9, 281-291. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v9i0p281-291
Simão, L. M. (2010). Ensaios dialógicos: Compartilhamento e diferença nas relações seu-outro. São Paulo: Hucitec.
Soler, M. (2010). Teatro documentário: A pedagogia da não ficção. São Paulo: Hucitec.
Veyne, P. M. (2008). Como se escreve a história: Foucault revoluciona a história (4a ed.). Brasília: Universidade de Brasília.
Visentini, P. F. (2014). O grande oriente médio: Da descolonização à primavera árabe. Rio de Janeiro: Elsevier.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Revista Contemporânea de Educação

