Palavras-chave
Educação compartilhada
Gênero
Relação famílias-escola; Educação compartilhada; Gênero
Como Citar
Resumo
Este artigo tem por objetivo refletir sobre como as questões de gênero estão presentes na relação entre famílias e a instituição de educação infantil, problematizando a tensão na educação compartilhadadas crianças pequenas, com vistas às diferentes culturas que se entrecruzam. Parte da perspectivade que a interlocução com as famílias é fundamental na construção de um projeto de educação daprimeira infância. Os resultados ajudam a desconstruir crenças de que as crianças “trazem de casa”uma educação estereotipada de gênero, revelando que tais posturas estão presentes na educação dascrianças tanto em casa, quanto na escola e na sociedade. O convívio entre a diversidade das famílias e a escola, oportuniza trocas de olhares na busca pelo respeito às diferenças e na desconstrução das desigualdades de gênero.
Referências
Alanen, L. (2010). Teoria do bem-estar das crianças. Cadernos de Pesquisa, 40(141), 751-775. https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000300005
Bardin, L. (2012). Análise de conteúdo. São Paulo: 70.
Cardona, M. J. (2015). Trabalhar as questões de género numa perspectiva de educação para a cidadania no jardim-de-infância e na escola. Aprender: Revista da Escola Superior de Educação,(36), 63-71.
Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da infância. 2a ed.Porto Alegre: Artmed.
Finco, D. (2020). O que nos ensinam meninas e meninos quando escapam das fronteiras de gênero? In C. P. Vianna, & M. Carvalho (Orgs.), Gênero e educação: 20 anos construindo conhecimento (pp. 147-162). Belo Horizonte: Autêntica.
Finco, D. (2010). Educação infantil, espaços de confronto e convívio com as diferenças: Análise das interações entre professoras e meninas e meninos que transgridem as fronteiras de gênero (Tese de doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Recuperado em 23/01/2025 em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20042010-135714/pt-br.php
Finco, D. (2004). Faca sem ponta, galinha sem pé, homem com homem, mulher com mulher: Relações de gênero nas brincadeiras de meninos e meninas na pré-escola (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. Recuperado em 25/01/2025 em: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/315368
Fonseca, C. (2005). Concepções de família e práticas de intervenção: Uma contribuição antropológica. Saúde e Sociedade, 14(2), 50-59. https://doi.org/10.1590/S0104-12902005000200006
Fortunati, A. (2009). A educação infantil como projeto da comunidade: Crianças, educadores e pais nos novos serviços para a infância e família: A experiência de San Miniato (E. Roso, Trad.). Porto Alegre: Artmed.
Gaskell, G. (2002). Entrevistas individuais e grupais. In M. W. Bauer, & G. Gaskell (Orgs.), Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático (pp. 64-89). Petrópolis: Vozes.
Gibim, A. P. P. G.(2017). Famílias, relações intergeracionais e de gênero: Práticas compartilhadas de educação e cuidado de crianças pequenas (Dissertação de mestrado). Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, UniversidadeFederal de São Paulo, Guarulhos, SP, Brasil. Recuperado em 21/01/2025 em: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50223
Gibim, A. P. P. G., Duarte, D., & Finco, D.(2020). Famílias e as suas dinâmicas de gênero: Uma análise a partir dos desenhos infantis. Humanidades & Inovação, 7(28), 291-308.
Junqueira, R.D. (2022). A invenção da “ideologia de gênero”: um projeto reacionário de poder. Brasília: Letras Livres.
Leite, V. (2019). “Em defesa das crianças e da família”: Refletindo sobre discursos acionados por atores religiosos “conservadores” em controvérsias públicas envolvendo gênero e sexualidade. Revista Latinoamericana de Sexualidad, Salud y Sociedad, (32), 119-142.
Pires, F. (2008). Pesquisando crianças e infâncias: abordagens teóricas para o estudo das (e com as) crianças. Cadernos de Campo,17(17), 133-151. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v17i17p133-151
Piscitelli, A. (2009). A história de um conceito. In H. B. Almeida, &J. E.Szwako. Diferenças, igualdade (pp. 116-148). São Paulo: Berlendis&Vertecchia.
Sarti, C. (2008). Famílias enredadas. In A. R. Acosta, & M. A. F. Vitale, Família redes, laços e políticas públicas (pp. 21-36).São Paulo: Cortez.
Sarti, C. (2007). A família como espelho: Um estudo sobre a moral dos pobres. São Paulo: Cortez. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. (2016). Indicadores de qualidade da educação infantil paulistana. São Paulo: o autor.
Scott, J. W. (1995). Gênero: Uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, 20(2), 71-99.
Senkevics, A. S. (2015). Gênero, família e escola: Socialização familiar e escolarização de meninas e meninos das camadas populares de São Paulo (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Recuperado em 23/01/2025 em:https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/USP_2dfc68cdd47cde776a47809ca6d64c86
Silva, T. J.(2015). Organização e utilização dos espaços físicos na Educação Infantil: um estudo sob a ótica do gênero (Dissertação de Mestrado). Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, SP, Brasil. Recuperado em 22/01/2025 em: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39238
Soares, N. F. (2005). Os direitos das crianças nas encruzilhadas da proteção e da participação. Revista Zero a Seis, 7(12), 8-18.
Souza, E. R., Vencato, A, & Monteiro, M. (2024). Gênero, educação e ciência em um campo minado: Reflexões feministas em tempos de cruzadas antigênero. In H. B. Almeida, & C. E. Henning (Orgs.), Desafios e resistências em gênero e sexualidade no Brasil contemporâneo (pp 137-162). Goiânia: Universidade Federal de Goiás.
Tomás, C., & Soares, N. F. (2004). Infância, protagonismo e cidadania: Contributos para uma análise sociológica da cidadania e da infância. Fórum Sociológico, (11/12), 349-362
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Revista Contemporânea de Educação