Resumo
Este trabalho tem como objetivo principal explorar a ideia de um "currículo constelacional", inspirado sobretudo nos trabalhos do filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940) sobre as crianças e suas brincadeiras e jogos, e que podem oferecer uma abordagem crítica e antifascista da educação. Apresentamos resultados parciais de atividades de pesquisas e de extensão realizadas na UFRJ, em colaboração com o NESEF/UFPR. Nessas atividades, orientadas por revisões e análises bibliográficas que tratam de conceitos, temas e problemas que se originaram nas peculiares visões sobre a educação e sobre a infância, chegamos à compreensão de como a filosofia de Benjamin pode ser mobilizada na construção de práticas pedagógicas mais críticas e socialmente engajadas no combate as novas formas de fascismo.
Referências
Arendt, H. (2011). A crise na educação. In H. Arendt, Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva.
Belforte, M. (2016). Política de la embriaguez: Infancia, amor y muerte em el proyecto político de Walter Benjamin. Buenos Aires: Universidad de Buenos Aires.
Benjamin, W. (2000). Obras escolhidas II: Rua de mão única. São Paulo: Brasiliense. Benjamin, W. (2002). Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades/Ed. 34.
Benjamin, W. (2011). Origem do drama trágico alemão. Belo Horizonte: Autêntica. Benjamin, W. (2012). Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense.
Benjamin, W. (2013). A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Rio de Janeiro: L&PM.
Benjamin, W. (2015). A hora das crianças: Narrativas radiofônicas de Walter Benjamin. Rio de Janeiro: Nau.
Jarek, M. (2021, maio). Elementos para uma “pedagogia da catástrofe” em Walter Benjamin. Actas del Congreso Latino americano de Filosofía de la Educación “Filosofía, educación y enseñanza: diálogos de una relación”, Bogotá, Colombia, 5. Recuperado em 6 de novembro de 2024 em: https://filosofiaeducacion.org/actas/index.php/act/article/view/488
Kramer, S. (2007). A infância e sua singularidade. In: J. Beauchamp, S. D. Pagel, A. R. Nascimento (Orgs.), Ensino fundamental de nove anos: Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação.
Kramer, S. J., & Souza, S. (Orgs.) (2009). Política, educação, cidade: Itinerários de Walter Benjamin. Rio de Janeiro: Contraponto/Editora PUC-Rio.
Lewis, T. (2020). Walter Benjamin’s antifascist education: From riddles to radio. Albany: Suny.
Ministério da Educação – MEC. (2018). Base nacional comum curricular. Brasília: o autor. Recuperado em 15 de maio de 2025 em: https://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Sahraoui, N. & Sauter, C. (Org.) (2018). Thinking in constellations: Walter Benjamin in the humanities. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing.
Sousa, R. B. (2015). Walter Benjamin e a pedagogia antifascista. Revista Angelus Novus, 6(10), 329-338. https://doi.org/10.11606/ran.v0i10.97176
Viana, D. (2025, 23 fevereiro). O fascismo como tendência. A Terra é Redonda. Recuperado em 20 de maio de 2025 em: https://aterraeredonda.com.br/o-fascismo-como-tendencia/

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Revista Contemporânea de Educação

