A CRÍTICA BOOKCHINIANA AO MARXISMO

O QUE SE DEVE PRESERVAR E O QUE SE DEVE SUPERAR

Abstract

Murray Bookchin foi um teórico socialista libertário que se tornou referência na esquerda norte-americana ao longo do século XX. Tendo sido marxista no início da militância política, passou a defender a criação de uma nova teoria revolucionária que incorporasse os elementos positivos do marxismo, mas destacando o que estivesse desatualizado. Sua crítica ao marxismo envolveu três tópicos. Em primeiro lugar, o etapismo histórico, segundo o qual o capitalismo foi uma fase necessária da história humana. Em segundo lugar, a definição do proletariado industrial como a classe destinada a realizar a revolução. Em terceiro lugar, a defesa estratégica da centralização estatal e da disputa do aparato burocrático, fosse pela via eleitoral, fosse pela via revolucionária. Como elementos positivos, Bookchin reivindicou a análise econômica, a dialética, a integração de conhecimentos e a relação entre teoria e prática. Bookchin também defende que Marx seja entendido pelo seu contexto histórico e que muitas correntes marxistas cometem anacronismo.