Modelos de órteses para membros superiores em crianças com paralisia neonatal do plexo braquial: uma revisão narrativa da literatura/ Orthosis models for Upper limbs in children with neonatal brachial plexus palsy: a narrative review of the literature

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto53672

Palavras-chave:

Aparelhos Ortopédicos, Órteses, Plexo Braquial, Paralisia Neonatal do Plexo Braquial.

Resumo

Introdução: A paralisia neonatal do plexo braquial (PNPB) é uma lesão que compromete a função do membro superior. Nestes casos, órteses de membro superior são utilizadas como recursos terapêuticos para favorecer melhor posicionamento e funcionalidade ao membro superior. Objetivo: Identificar e descrever os modelos de órteses para membros superiores em crianças com paralisia neonatal do plexo braquial. Método: Este estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A busca dos estudos foi realizada nas fontes de indexação MEDLINE/PubMed, Google Scholar, Occupational Therapy Systematic Evaluation of Evidence (OTseeker), Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) no idiomas português e inglês, entre os anos de 2010 e 2021. Resultados: Sete estudos foram incluídos na revisão. Foram identificados em maior parte modelos de órteses estáticas. Apenas um estudo foi realizado com órtese dinâmica. Os termoplásticos de baixa temperatura, Neoprene® e Lycra® foram os materiais mais utilizados para confecção das órteses. Conclusão: Os achados indicam que os modelos de órteses estáticas e dinâmicas são recomendados às crianças com paralisia neonatal do plexo braquial. Materiais como termoplásticos, Neoprene® e Lycra® são apresentados como recursos fundamentais para a confecção das órteses. Palavras-chaves: Aparelhos Ortopédicos; Órteses; Plexo Braquial; Paralisia Neonatal do Plexo Braquial.

Introdução: A paralisia neonatal do plexo braquial (PNPB) é uma lesão que compromete a função do membro superior. Nestes casos, órteses de membro superior são utilizadas como recursos terapêuticos para favorecer o melhor posicionamento e funcionalidade do membro superior. Objetivo: Identificar e descrever os modelos de órteses para membros superiores utilizadas em crianças com paralisia neonatal do plexo braquial. Método: Este estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A busca dos estudos foi realizada nas fontes de indexação MEDLINE/PubMed, Google Scholar, Occupational Therapy Systematic Evaluation of Evidence (OTseeker), Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) nos idiomas português e inglês, entre os anos de 2010 e 2021. Resultados: Sete estudos foram incluídos na revisão. Foram identificados em maior parte, modelos de órteses estáticas. Apenas um estudo foi realizado com órtese dinâmica. Os termoplásticos de baixa temperatura, o Neoprene® e Lycra® foram os materiais mais utilizados para confecção das órteses. Conclusão: Os achados indicam que os modelos de órteses estáticas e dinâmicas são recomendados às crianças com paralisia neonatal do plexo braquial. Materiais como termoplásticos, Neoprene® e Lycra® são apresentados como recursos fundamentais para a confecção das órteses. 

Palavras-chaves: Aparelhos Ortopédicos; Órteses; Plexo Braquial; Paralisia Neonatal do Plexo Braquial


Abstract

Introduction: Neonatal brachial plexus palsy is an injury that compromises upper limb function. In these cases, upper limb orthoses are used as therapeutic resources to provide better positioning and functionality to the upper limb. Objective: To identify and describe the models of orthoses for the upper limbs in children with neonatal brachial plexus palsy. Method: This study is a narrative review of the literature. Search for studies was conducted in the MEDLINE/PubMed, Google Scholar, Occupational Therapy Systematic Evaluation of Evidence (OTseeker), Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS) indexing sources in Portuguese and English languages, between the years 2010 and 2021. Results: Seven studies were included in the review. Mostly static orthosis models were identified. Only one study was performed with dynamic orthoses. Low-temperature thermoplastics, Neoprene® and Lycra® were the most used materials for making orthoses. Conclusion: Findings indicates that static and dynamic orthosis models are recommended for children with brachial plexus neonatal palsy. Materials such as thermoplastics, Neoprene® and Lycra® are presented as fundamental resources for making the orthoses.

Keywords: Orthotic devices; Orthosis; Brachial Plexus; Neonatal Brachial Plexus Palsy.

 

Resumen

Introducción: La parálisis neonatal del plexo braquial se define como una lesión que compromete la función del miembro superior. En estos casos, las ortesís de miembro superior se utilizan como recurso terapéutico para favorecer un mejor posicionamiento y funcionalidad del miembro superior. Objetivo: Identificar y describir los modelos de ortesis para miembros superiores en niños con parálisis neonatal del plexo braquial. Método: Este estudio es una revisión narrativa de la literatura. La búsqueda de estudios se realizó en las fuentes de indexación MEDLINE/PubMed, Google Scholar, Occupational Therapy Systematic Evaluation of Evidence (OTseeker), Latin American and Caribbean in Health Sciences (LILACS) en portugués e inglés, entre los años 2010 y 2021. Resultados: Se incluyeron siete estudios en la revisión. Se identificaron la mayoría de los modelos de ortesis estáticas. Solo un estudio se realizó con ortesis dinámica. Los termoplásticos de baja temperatura, Neoprene® y Lycra® fueron los materiales más utilizados para la elaboración de ortesis. Conclusión: La evidencia indica que los modelos ortopédicos estáticos y dinámicos se recomiendan para niños con parálisis neonatal del plexo braquial. Materiales como los termoplásticos, Neoprene® y Lycra® se presentan como recursos fundamentales para la fabricación de ortesis.

Palabras clave: Dispositivos Ortopédicos; Ortesis; Plexo braquial; Parálisis Neonatal del Plexo Braquial

Biografia do Autor

Haidar Tafner Curi, Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina da USP

Graduado em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Paulo. Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde - UNIFESP. Discente do curso especialização em reabilitação do membro superior no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Doutorado) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atua na área clinica em reabilitação neurológica e física infantil e adulta.

Eliana Chaves Ferretti, Universidade de São Paulo - Campus Baixada Santista

Possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos (1995), Mestrado em Rehabilitation Science and Technology, Universidade de Pittsburgh (2003) e Doutorado em Rehabilitation Science and Technology, Universidade de Pittsburgh (2007). Atua na área de Tecnologia Assistiva, ênfase em adequação postural em cadeira de rodas. É Professora Adjunta da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Baixada Santista. E professora internacional do Human Engineering Research Laboratories da Universidade de Pittsburgh (EUA) e pertence ao board do International Society of wheelchair professionals (ISWP).

Mariana Miranda Nicolosi Pessa

Terapeuta Ocupacional formada pelo Centro Universitário São Camilo em 2007. Terapeuta Ocupacional concursada do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Especialista em Órteses, Próteses e Cadeira de Rodas pela FMUSP e especialista em Terapia da Mão e do Membro Superior pela FMUSP. Docente do curso de Especialização em Terapia da Mão e do Membro Superior da FMUSP. 


Referências

Agnelli, L. B., & Toyoda, C. Y. T. (2010). Estudo de materiais para a confecção de órteses e sua utilização prática por terapeutas ocupacionais no brasil. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 11(2). https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/194

Al-Qattan, M. M., & El-Sayed, A. A. (2016). A case of Klumpke's obstetric brachial plexus palsy following a Cesarean section. Clin Case Rep, 4(9), 872-875. https://doi.org/10.1002/ccr3.644

Brasil. (2015). RESOLUÇÃO Nº 458, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2015 – Dispõe sobre o uso da Tecnologia Assistiva pelo terapeuta ocupacional e dá outras providências. Retrieved from https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3221

Buchanan, T., O'Grady, K., & Olson, J. L. (2021). Fabrication of the external rotation abduction thermoplastic shoulder orthosis for infants and children with birth-related brachial plexus injuries. J Hand Ther, 34(3), 504-508. https://doi.org/10.1016/j.jht.2020.05.004

Cabral, B. M. R., Cabral, A. K. P. d. S., Farias, F. C. d., Paula, A. R. d., Silva, L. d. P., Silva, B. d. N., & Amaral, D. S. (2019). Entraves na utilização de órteses de membros superiores por terapeutas ocupacionais do Recife. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional, 3(3), 12. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto24020

Cunha, M. R. d., Dias, A. A. M., Brito, J. M. d., Cruz, C. d. S., & Silva, S. K. (2020). Anatomical study of the brachial plexus in human fetuses and its relation with neonatal upper limb paralysis. Einstein (São Paulo), 18, -. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2020AO5051

DeFrancesco, C. J., Shah, D. K., Rogers, B. H., & Shah, A. S. (2019). The Epidemiology of Brachial Plexus Birth Palsy in the United States: Declining Incidence and Evolving Risk Factors. J Pediatr Orthop, 39(2), e134-e140. https://doi.org/10.1097/BPO.0000000000001089

Donato, H., & Donato, M. (2019). Etapas na Condução de uma Revisão Sistemática. Acta Med Port, 32(3), 227-235. https://doi.org/10.20344/amp.11923

Durlacher, K. M., Bellows, D., & Verchere, C. (2014). Sup-ER orthosis: an innovative treatment for infants with birth related brachial plexus injury. J Hand Ther, 27(4), 335-339; quiz 340. https://doi.org/10.1016/j.jht.2014.06.001

Frade, F., Gomez-Salgado, J., Jacobsohn, L., & Florindo-Silva, F. (2019). Rehabilitation of Neonatal Brachial Plexus Palsy: Integrative Literature Review. J Clin Med, 8(7). https://doi.org/10.3390/jcm8070980

Galbiatti, J. A., Cardoso, F. L., & Galbiatti, M. G. P. (2020). Obstetric Paralysis: Who is to blame? A systematic literature review. Rev Bras Ortop (Sao Paulo), 55(2), 139-146. https://doi.org/10.1055/s-0039-1698800

Graessle, E. (2018). Infant crawling orthosis and home program to strengthen a neurologically impaired upper extremity. J Hand Ther, 31(3), 411-415. https://doi.org/10.1016/j.jht.2017.05.014

Green, B. N., Johnson, C. D., & Adams, A. (2006). Writing narrative literature reviews for peer-reviewed journals: secrets of the trade. Journal of Chiropractic Medicine, 5(3), 101-117. https://doi.org/10.1016/s0899-3467(07)60142-6

Ho, E. S. (2010). Developmental and biomechanical considerations in the provision of wrist orthoses in children with obstetrical brachial plexus palsy. Hand Therapy, 15(4), 94-99. https://doi.org/10.1258/ht.2010.010016

Ho, E. S., Kim, D., Klar, K., Anthony, A., Davidge, K., Borschel, G. H., Hopyan, S., Clarke, H. M., & Wright, F. V. (2019). Prevalence and etiology of elbow flexion contractures in brachial plexus birth injury: A scoping review. J Pediatr Rehabil Med, 12(1), 75-86. https://doi.org/10.3233/PRM-180535

Ho, E. S., Klar, K., Klar, E., Davidge, K., Hopyan, S., & Clarke, H. M. (2019). Elbow flexion contractures in brachial plexus birth injury: function and appearance related factors. Disabil Rehabil, 41(22), 2648-2652. https://doi.org/10.1080/09638288.2018.1473512

Ho, E. S., Roy, T., Stephens, D., & Clarke, H. M. (2010). Serial casting and splinting of elbow contractures in children with obstetric brachial plexus palsy. J Hand Surg Am, 35(1), 84-91. https://doi.org/10.1016/j.jhsa.2009.09.014

Howell, J. (2019). Principles and Components of Upper Limb Orthoses. In Atlas of Orthoses and Assistive Devices (pp. 134-145.e131). https://doi.org/10.1016/b978-0-323-48323-0.00012-3

Kawabata, H. (2004). Treatment of Obstetrical Brachial Plexus Injuries: Experience in Osaka. Semin Plast Surg. , 18(4), 339-345. https://doi.org/10.1055/s-2004-837260

Lockwood, C., Munn, Z., & Porritt, K. (2015). Qualitative research synthesis: methodological guidance for systematic reviewers utilizing meta-aggregation. Int J Evid Based Healthc, 13(3), 179-187. https://doi.org/10.1097/XEB.0000000000000062

Nelson, V. S., Justice, D., Rasmussen, L., & Popadich, M. G. (2012). CHAPTER 12 - Rehabilitation concepts for pediatric brachial plexus palsies. In K. C. Chung, L. J. S. Yang, & J. E. McGillicuddy (Eds.), Practical Management of Pediatric and Adult Brachial Plexus Palsies (pp. 143-156). W.B. Saunders. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/B978-1-4377-0575-1.00012-5

O'Berry, P., Brown, M., Phillips, L., & Evans, S. H. (2017). Obstetrical Brachial Plexus Palsy. Curr Probl Pediatr Adolesc Health Care, 47(7), 151-155. https://doi.org/10.1016/j.cppeds.2017.06.003.

Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tetzlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J. M., Hróbjartsson, A., Lalu, M. M., Li, T., Loder, E. W., Mayo-Wilson, E., McDonald, S., McGuinness, L. A.,

Stewart, L. A., Thomas, J., Tricco, A. C., Welch, V. A., Whiting, P., & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ, 372, n71. https://doi.org/10.1136/bmj.n71

Sanabria, A. J., Rigau, D., Rotaeche, R., Selva, A., Marzo-Castillejo, M., & Alonso-Coello, P. (2015). GRADE: Methodology for formulating and grading recommendations in clinical practice [Sistema GRADE: metodología para la realización de recomendaciones para la práctica clínica]. Atencion primaria, 47(1), 48-55. https://doi.org/10.1016/j.aprim.2013.12.013

Silva Barbosa, F. D., & Braga Mendes, P. V. (2020). Indicação e materiais de confecção do cock-up volar: uma revisão integrativa da literatura/Indications and materials for fabrication of volar cock-up orthosis: an integrative literature review. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO, 4(1), 17. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto22956

Van der Looven, R., Le Roy, L., Tanghe, E., Samijn, B., Roets, E., Pauwels, N., Deschepper, E., De Muynck, M., Vingerhoets, G., & Van den Broeck, C. (2020). Risk factors for neonatal brachial plexus palsy: a systematic review and meta-analysis. Dev Med Child Neurol, 62(6), 673-683. https://doi.org/10.1111/dmcn.14381

Verchere, C., Durlacher, K., Bellows, D., Pike, J., & Bucevska, M. (2014). An early shoulder repositioning program in birth-related brachial plexus injury: a pilot study of the Sup-ER protocol. Hand (N Y), 9(2), 187-195. https://doi.org/10.1007/s11552-014-9625-y

Yamane, A. (2019). 1 - Orthotic Prescription. In J. B. Webster & D. P. Murphy (Eds.), Atlas of Orthoses and Assistive Devices (Fifth Edition) (pp. 2-6.e1). Elsevier. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/B978-0-323-48323-0.00001-9

Yasukawa, A., & Uronis, J. (2014). Effectiveness of the Dynamic Movement Orthosis Glove for a Child with Cerebral Palsy Hemiplegia and Obstetric Brachial Plexus Palsy: A Case Series. JPO Journal of Prosthetics and Orthotics, 26(2), 107-112. https://doi.org/10.1097/JPO.0000000000000022

Yefet, L. S., Bellows, D., Bucevska, M., Courtemanche, R., Durlacher, K., Hynes, S., & Verchere, C. (2020). Shoulder Rotation Function following the Sup-ER Protocol in Children with Brachial Plexus Injuries. Hand (N Y), 1558944720937365. https://doi.org/10.1177/1558944720937365

Downloads

Publicado

29-05-2023

Edição

Seção

Artigo de Revisão