Partículas associativas e argumentativas na língua wari’ (txapakura): o papel dos traços gramaticais de gênero e número

Autores

  • Ana Calindro Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Marcelina Oro Waram Xiyein Universidade Federal de Rondônia
  • Quesler Fagundes Camargos Universidade Federal de Rondônia
  • Selmo Azevedo Apontes Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16nEsp.a22012

Palavras-chave:

Línguas Indígenas, Txapakura, Wari’, Gênero Gramatical, Partículas Argumentativas e Associativas.

Resumo

Neste artigo, analisamos a estrutura argumental dos sintagmas verbais em duas variantes linguísticas da língua Wari’ (Pakaa Nova/Txapakura), Oro Waram e Oro Waram Xiyein (Rondônia – Brasil). Em termos metodológicos, os dados foram extraídos de narrativas tradicionais e obtidos a partir de elicitação de sentenças, por meio dos quais foram realizados testes sintáticos e semânticos. Como resultado, foram identificados dois conjuntos de partículas: as associativas, que têm a função de coordenar sintagmas nominais, e as argumentativas, que introduzem um novo argumento não nuclear na estrutura. Estas partículas variam em termos de número e gênero, o que reforça a existência de um sistema de concordância sensível a essas propriedades gramaticais, que nessa língua se realiza com o núcleo do sintagma nominal mais próximo. Logo, espera-se que este artigo contribua para o conhecimento das línguas naturais, uma vez que o Wari’ figura entre aquelas em que os traços gramaticais de gênero e número são relevantes para a realização das partículas associativas e argumentativas.

Biografia do Autor

Ana Calindro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora do Departamento de Linguística e Filologia da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ). Membro do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFRJ. Líder do laboratório de pesquisa SynTech Linguistics Lab (Sintaxe, História, Educação e Tecnologia). Coordenadora do projeto “Estrutura argumental, variação e mudança na história do português brasileiro e português europeu” e uma das coordenadoras do projeto “Interfaces no Ensino de Português L1 e L2.

Marcelina Oro Waram Xiyein, Universidade Federal de Rondônia

Professora do Nível A da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (SEDUC), vinculada à Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Paulo Saldanha Sobrinho. Membro do Laboratório de Línguas e Culturas Indígenas (LALIC/UNIR) e do Grupo de Pesquisa em Educação na Amazônia (GPEA/UNIR). Discente da Licenciatura em Educação Básica Intercultural da Fundação Universidade Federal de Rondônia (DEINTER/UNIR).

Quesler Fagundes Camargos, Universidade Federal de Rondônia

Professor do Departamento de Educação Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (DEINTER/UNIR). Membro do Laboratório de Línguas e Culturas Indígenas (LALIC/UNIR) e do Grupo de Pesquisa em Educação na Amazônia (GPEA). Coordenador do Projeto de Pesquisa “Documentação, descrição e análise das línguas da família linguística Txapakura”, financiado pela Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (FAPERO), por meio do Programa de Apoio à Pesquisa – PAP – Chamada Universal nº 003/2015, e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio da Chamada MCTIC/CNPq nº 28/2018 (Processo 430275/2018-8).

Selmo Azevedo Apontes, Universidade Federal do Acre

Professor do Centro de Educação, Letras e Artes e do Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) da Universidade Federal do Acre (UFAC). Tutor do PET-Conexões de Saberes-Comunidades Indígenas. Coordenador Adjunto da Ação Saberes Indígenas na Escola, Rede UNIR/UFAC. Líder do Grupo de Pesquisa em Descrição e Análise Linguística (GEDAL).

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Publicado

2020-11-07