Perguntas com sintagmas –WH adverbiais altos, cartografia e o caso das interrogativas com como assim em PB

Autores

  • Simone Lúcia Guesser Universidade Federal de Roraime (UFRR) http://orcid.org/0000-0002-0064-9251
  • Raquel Sousa Universidade Estadual de Campina (UNICAMP)
  • Flore Kédochim Universidade Federal de Roraime (UFRR)

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2019.v15n3a28567

Palavras-chave:

Cartografia, Interrogativas-Wh, Como Assim, Incredulidade, Speech Act.

Resumo

O presente trabalho aborda perguntas com sintagmas adverbiais altos, as principais análises cartográficas para elas propostas e, na sequência, se volta para as propriedades sintáticas e interpretativas de como assim de incredulidade no Português Brasileiro (PB). Sentenças com como assim podem apresentar quatro leituras: causal, de propósito, elucidativa e de incredulidade. Assumimos que sentenças com como assim de incredulidade envolvem um operador I-REQUEST (nos termos de KRIFKA, 2012), já que não atuam como uma solicitação de informações por parte do falante, e sim solicitam uma confirmação do interlocutor sobre seu proferimento. Nesses contextos, como assim veicula, como parte de sua pragmática, uma expressão de incredulidade do falante acerca da possibilidade de o interlocutor realizar tal confirmação. Como assim de incredulidade é um Speech Act e, por isso, não pode ocorrer em contextos encaixados. Além disso, por nascer em uma posição alta, em Spec de IntP, é insensível à negação e não pode aparecer in situ.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.31513/linguistica.2019.v15n3a28567

Biografia do Autor

Simone Lúcia Guesser, Universidade Federal de Roraime (UFRR)

Possui graduação em Letras-Português pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003), mestrado em Linguística pela Universidade de Siena (2007) - reconhecido como mestrado em Linguística e Semiótica pela USP -, pós-graduação em Ciências Cognitivas (Universidade de Siena - 2008) e doutorado em Informática, Lógica Matemática e Ciências Cognitivas (Universidade de Siena - 2011) - reconhecido como doutorado em Linguística e Semiótica pela USP. Seus interesses de pesquisa incluem teoria e análise gramatical - com foco na sintaxe do português brasileiro e demais línguas românicas-, aquisição da linguagem e relação entre teoria gramatical e ensino. É tutora do PET-Letras/UFRR, coordenadora do LEGAL/PPGL-UFRR (Laboratório de Estudos sobre Gramática e Aquisição da Linguagem) e coordenadora do Grupo de Trabalho em Teoria da Gramática da ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística; http://anpoll.org.br/gt/teoria-da-gramatica-gttg/), no biênio 2018-2020. Faz parte, desde 2014, do Grupo de Pesquisa (CNPq) "Teoria da Gramática e o Português Brasileiro" (UFSC).

Raquel Sousa, Universidade Estadual de Campina (UNICAMP)

É mestranda em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas e graduada em Letras Português- Inglês pela Universidade Federal de Roraima. Foi participante do Programa de Ensino Tutorial (PET-Letras), e pesquisadora no Laboratório de Estudos sobre Gramática e Aquisição de Linguagem (LEGAL), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR (PPGL). Tem experiência na área de Letras, com ênfase no ensino de Língua Inglesa. Seus interesses de pesquisa incluem teoria e análise gramatical, com ênfase na sintaxe de interrogativas no português brasileiro (PB) e aquisição da linguagem.

Flore Kédochim, Universidade Federal de Roraime (UFRR)

É graduada em Letras Português-Francês pela Universidade Federal de Roraima. Participou do Programa de Ensino Tutorial (PET) e desenvolveu um estudo comparativo nas interrogativas do português brasileiro e do francês no Laboratório de Estudos Gramaticais e Aquisição de Linguagem (LEGAL). Foi presidente da Associação dos Professores de Francês e Francófilos de Roraima (APFRR) de 2014 até 2018. É tesoureira dessa mesma associação.

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Publicado

2019-12-30