Evidências sobre a representação cognitiva de construções funcionais do PB em crianças e adultos surdos
DOI:
https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16n2a33881Palavras-chave:
Construções funcionais. Aprendizes surdos. Português brasileiro. Segunda língua.Resumo
Neste artigo, a partir de uma investigação centrada no uso, analisa-se a representação cognitiva de construções de predicação nominal do português brasileiro (PB) instanciadas pelo padrão básico [(S) V(funcional) X], em que se inserem os verbos ser, estar e ficar, protagonistas nos esquemas atributivos, equativos e apresentacionais. Para tanto, contemplam-se quantitativa e qualitativamente instâncias desses padrões em 58 produções escritas em PBL2 de 18 estudantes surdos do ensino superior e de 4 estudantes surdos do primeiro segmento do ensino fundamental, coletadas do Corpus do Núcleo de Estudos em Interlíngua e Surdez da UFRJ. Partimos dos pressupostos teóricos da Gramática de Construções Baseada no Uso (GOLDBERG, 2006; BYBEE, 2016; PEREK, 2015), a fim de sustentar a hipótese de que os esquemas analisados nos textos estão cognitivamente menos salientes para os participantes da pesquisa. Para a discussão, consideramos contextos de ensino pouco centrados na promoção de experiências de uso ricas e significativas capazes de conduzirem o acionamento eficiente de processos cognitivos de domínio geral para a estocagem de construções da L2 na memória do aprendiz. Os resultados demonstram que a instabilidade representacional em ambos os grupos de aprendizes é um indício da premente necessidade de diálogos entre o aporte teórico construcional e metodologias de ensino de L2.
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