Ainda se busca “por uma gramática de línguas de sinais”? A figura de uma precursora

Autores

  • Angela Corrêa Ferreira Baalbaki Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ https://orcid.org/0000-0001-9295-7923
  • Beatriz Fernandes Caldas Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
  • Tathiana Targine Nogueira Instituto Nacional de Educação de Surdos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16n3a36046

Palavras-chave:

História das Ideias Linguísticas, Análise de Discurso, Gramática, Línguas de sinais

Resumo

O artigo tem por objetivo analisar as referências que Ferreira (2010[1995]) buscou para escrever “Por uma gramática de línguas de sinais” e, a partir das noções da História das Ideias Linguísticas em articulação com a Análise de Discurso materialista, apresentá-la como figura precursora da linguística de língua de sinais no Brasil. Tendo seguido uma trajetória acadêmica contextualizada em parte nos estudos feitos em universidade norte-americana, filiada a teorias vinculadas à virada pragmática dos estudos linguísticos, Ferreira se preocupou com a construção de um arcabouço descritivo das línguas de sinais em geral e da Libras em particular. Além disso, a obra traduz a importância política da afirmação das línguas de sinais (Libras e outras) como línguas em pleno direito no Brasil, e sua divulgação teve um papel seminal na disseminação dessa ideia.

Biografia do Autor

Angela Corrêa Ferreira Baalbaki, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense (2010) e mestre em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002). É Professora Adjunta do Departamento de Estudos da Linguagem, do Instituto de Letras, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma universidade. Coordenadora do projeto ?Estudos sobre bilinguismo: elaboração de materiais para o ensino de português para alunos surdos?, com financiamento de Auxílio à Pesquisa (APQ 1) da FAPERJ, em 2014, e no âmbito do Programa de Apoio Técnico Atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão ? PROATEC (UERJ), desde 2015. Também é bolsista do Programa Prociência (UERJ/FAPERJ), desde 2020. Integra o grupo de pesquisa "Discurso, historicidade e subjetividade: inconsciente e ideologia" (UFF). Desenvolve pesquisas na área de Análise de Discurso de linha francesa e História das Ideias Linguísticas com ênfase nos seguintes temas: formação de professores de línguas; processo de gramatização de línguas; ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos; discurso de divulgação científica.

Beatriz Fernandes Caldas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Graduação em Curso de Letras pela Faculdade de Letras e Educação Notre Dame (1986) e mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993). Sob orientação da Professora Doutora Bethania Mariani defendeu tese "Discursos sobre/de tradução no Brasil - línguas e sujeitos" no Programa de Estudos Linguísticos da Universidade Federal Fluminense em 4 de agosto de 2009. Atualmente é professora adjunta no Departamento de Turismo do Instituto de Geografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nas seguintes áreas: ensino de língua inglesa, ensino de inglês para fins específicos, tradução, teoria da tradução, análise do discurso, história das idéias linguísticas, linguística aplicada à tradução.

Tathiana Targine Nogueira, Instituto Nacional de Educação de Surdos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

tualmente, aluna do Mestrado Profissional do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) e cursa uma pós graduação em Docência do Ensino Superior em Libras na Universidade Cândido Mendes. Passei em dois concursos públicos para vagas temporárias de Técnico Especializado em Língua de Sinais nas instituições públicas IF Sudeste (campus Muriaé) e UFRJ. Atuante como bolsista PROATEC, nível 4, para o projeto de extensão Recursos e Materiais Didáticos para o Ensino de Língua Portuguesa para alunos surdos, na UERJ. Com uma experiência de 26 anos em produção de conteúdo audiovisual para a televisão pública. Em programas como Sem Censura, Caderno 2, Caderno Teen, Observatório da Imprensa, Núcleo Mercosul e De Lá Pra Cá. É graduada em Letras - Italiano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) com licenciatura plena e em Letras Libras (2019), com especialização em MBA - TV Digital, Radiodifusão & Novas Mídias de Comunicação Eletrônica pela Universidade Federal Fluminense (2014). Em 2013, à convite da ACERP (Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto) foi convidada para participar da criação da TV INES, a primeira webtv para surdos no Brasil, uma iniciativa do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), onde atuou até 2017, como produtora executiva. A experiência em produção de conteúdo audiovisual seguiu o caminho da Educação / Cultura, desta vez com ênfase em Comunicação / Acessibilidade.

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Publicado

2020-12-30