Situação sociolinguística dos Krahô de Pedra Branca: considerações sobre a facilidade linguística em língua materna e Língua Portuguesa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2021.v17n1a40683

Palavras-chave:

povo Krahô, situação sociolinguística, facilidade linguística

Resumo

Os Krahô habitam entre os rios Manoel Alves Grande e Manoel Alves Pequeno, afluentes da margem direita do Rio Tocantins. A Terra Indígena Kraholândia foi homologada pelo Decreto-Lei nº 99.062, de 07 de março de 1990 e fica localizada entre os municípios de Goiatins e Itacajá, no noroeste do Estado do Tocantins. O objetivo consistiu em descrever a situação sociolinguística dos Krahô da aldeia Pedra Branca, observando a facilidade linguística em Língua Krahô e em Língua Portuguesa. Para isso, realizamos um levantamento sociolinguístico que descreveu aspectos da situação sociolinguística dos Krahô de Pedra Branca, observando a atitude e o conhecimento dos Krahô com relação às duas línguas, Krahô e Português. A pesquisa é do tipo etnográfica, utilizando-se do método fenomenológico e da abordagem metodológica quali-quantitativa. O estudo foi realizado com base na pesquisa de campo, que teve como instrumentos a observação participante, o diário de campo e a aplicação de questionário, este último elaborado com base em pesquisas de Fishman (1967, 1980), extraído de Braggio (1992) e de Muñoz (1991), e adaptado por Albuquerque (1999). Os resultados apontam que a sociedade Krahô, mesmo diante da situação de conflito linguístico e intercultural em que se encontra, tenta resistir às influências culturais e linguísticas, mantendo sua língua, suas atividades culturais e seus saberes tradicionais.

Biografia do Autor

Marta Virginia de Araujo Batista Abreu, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutora em Ensino de Língua e Literatura pela UFNT. Mestre em Ensino de Língua e Literatura pela UFT (2012). Especialista em Administração Pública com ênfase em gestão universitária pela UFT (2008) e Especialista em Docência no Ensino Superior pelo ITOP (2007) Graduada em Letras pela UFT (2003). É Funcionária Pública Federal - Técnica em Assuntos Educacionais da UFT. É Coordenadora de Acessibilidade Estudantil na UFT. Atuou como Diretora de Acompanhamento dos Programas de Assistência Estudantil da UFT-Proest. . Atuou como Coordenadora Geral do curso de formação de professores Mídias na Educação - EPROINFO - MEC, como professora de cursos de extensão em EaD e como tutora do Curso de Bacharelado em Administração Pública - EaD (UFT) 

Mestre em Letras: Ensino de Línguas pela Universidade Federal do Tocantins.

Doutoranda em Letras: Ensino de Línguas pela Universidade Federal do Tocantins.

Francisco Edwiges Albuquerque, Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)

Possui mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (1999), doutorado em Doutorado em Letras Universidade Federal Fluminense (2007). Estágio Pós-doutoral na UNB, sob supervisão do Professora Aryon Rodrigues Dall?Igna. Atualmente é professor associado IV da Universidade Federal do Norte do Tocantins. Foi professor do Curso de Formação de Professores em Magistério Indígena do Tocantins, no período de 2000 a 2013, ministrando as disciplinas de Português, Língua Apinayé e Língua Krahô. Foi delegado da I e da II Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena-CONEI ( 2008 e 2018), representando a Universidade Federal do Tocantins. Foi membro Titular do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Estado do Tocantins, representando a UFT. Atualmente é membro Titular do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Estado do Tocantins, representando a Universidade Federal do Norte do Tocanitns/UFNT. Membro do Comitê Municipal Consultivo de Assistência Emergencial, representando a UFNT. Coordenador do LALI - Laboratório de Línguas Indígenas da UFNT e do NEPPI-Núcleo de Estudos e Pesquisas com Povos Indígenas. Assessor Linguista do Projeto de Intercâmbio Cultural do Povo Acroá Gamella/ Krikati-CIMI Conselho Indigenista Missionário de São Luiz ?MA. Faz parte da Comitiva do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins nas visitas técnicas às aldeias dos povos indígenas do Tocantins.Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística e Dialetologia, Elaboração de materiais didáticos para as escolas indígenas do estado do Tocantins, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação escolar indígena, língua Apinayé, inteculturalidade e educação indígena

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Publicado

2021-04-12