Estratégias de indeterminação do sujeito na escrita de estudantes: das normas Linguísticas à norma padrão

Autores

  • Bruno Humberto da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro (Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas)

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2021.v17n2a42760

Palavras-chave:

indeterminação do sujeito, variação, normas, propostas de ensino.

Resumo

Este artigo sintetiza as reflexões da dissertação de mestrado de Silva (2019), que examinou as estratégias variáveis do fenômeno indeterminação do sujeito em uma turma de 8º ano da rede pública do município do Rio de Janeiro, com base nas variáveis sociais escolaridade e idade. De um lado, discute-se acerca dos imbróglios causados por uma concepção de ensino centrada apenas na gramática tradicional; de outro, dedica-se à ampliação e à análise de ações metodológicas acerca do tema, ancoradas basicamente nos postulados da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968 [2006]). A amostra da pesquisa é composta por duas etapas: (i) diagnose; e (ii) sequência didática; sendo essa dedicada à apresentação de um acervo de intervenções metodológicas, com vistas à construção do saber assentado na perspectiva da língua efetivamente em uso, priorizando o seguinte roteiro de abordagem do componente gramatical: normas linguísticas>normas cultas>norma padrão. Para tal, adotou-se a proposta de ensino de gramática em três eixos (VIEIRA, 2014; 2017). Nesse sentido, o estudo reflete sobre a complexa questão da orientação normativa no ensino e focaliza a elaboração de atividades teoricamente atualizadas, tendo como eixo de problematização o lugar dos aspectos formais da língua no ensino de gramática na Educação Básica.

Biografia do Autor

Bruno Humberto da Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas)

Licenciado em Letras (2008), Especialista (2010), Mestre (2019) e Doutorando em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É professor do Ensino Fundamental e Médio há 13 anos, atuando em escolas públicas do município do Rio de Janeiro, em preparatórios para concursos e em pré-vestibulares. Seus trabalhos atuais concentram-se na interface entre Sociolinguística Variacionista e Teoria Gerativa, a partir das quais reflete sobre o fenômeno da variação e da mudança sintática no Português Brasileiro e suas implicações no ensino de gramática na Educação Básica.

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Publicado

2021-06-21