Contribuições da Semântica Formal para a investigação de sintagmas nominais do português em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2021.v17n2a42789

Palavras-chave:

semântica, quantificação, plural, concordância.

Resumo

Este artigo apresenta algumas contribuições da Semântica Formal para a investigação de sintagmas nominais em português em sala de aula na esteira de estudos dessa área voltados ao ensino, como, por exemplo, os trabalhos reunidos em Müller e Paraguassu Martins (2021). O texto apresenta uma proposta baseada na competência linguística interpretativa (cf. Chierchia, 2003) que tem como metodologia o emprego do raciocínio científico (cf. Honda; O’neil, 1993; Basso; Pires de Oliveira, 2012; Pires de Oliveira; Quarezemin, 2016) aplicado por meio de uma atividade interpretativa e pré-linguística com uma língua inventada. Essa atividade tem o objetivo de motivar a formulação da hipótese de que itens que se comportam como substantivos denotam conjuntos nas línguas naturais e que a forma dita singular é interpretada, na realidade como neutra para número. A partir dessa premissa, o texto elenca alguns comportamentos gramaticais dos sintagmas nominais do português brasileiro que podem ser analisados em sala de aula a partir dessa formulação, como usos argumentais de nomes nus, as funções semânticas e discursivas de determinantes e quantificadores e as variedades de concordância em sintagmas pluralizados. 

Biografia do Autor

Luciana Sanchez-Mendes, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Bacharelado e licenciatura em Letras – Português/Linguística (2006) e mestrado em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP) (2009). Doutorado em Linguística em um programa de cotutela entre a USP e a Université Paris 8 – Vincennes Saint-Denis (2014).Pós-doutorado na Universidade Federal de Roraima (UFRR), investigando a língua Wapixana, e na USP, com um projeto de pesquisa acerca das sentenças comparativas em português brasileiro e em Karitiana.

Professora na Universidade Federal Fluminense (UFF) onde coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Teórica e Experimental (GEPEX). 

Membro do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem (PosLing – UFF), filiada à linha de pesquisa Teoria e Análise Linguística, com ênfase em Semântica Formal e descrição de línguas subrrepresentadas. Professora colaboradora do Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígena do Museu Nacional – UFRJ (PROFLLIND).

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Publicado

2021-06-21