Efeitos de priming estrutural na produção oral de inglês como l2

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2022.v18n3a57465

Palavras-chave:

priming estrutural, L2. processamento sintático.

Resumo

Os efeitos do priming estrutural na produção oral da L1 estão associados à natureza automática do processamento e ao conhecimento implícito. Em L2, no entanto, esses efeitos são pouco conhecidos. O presente estudo investigou o processamento sintático na produção oral de aprendizes tardios de inglês como L2, falantes de português brasileiro como L1, para determinar se os efeitos de priming sintático podem ser detectados na L2. Para tanto, os participantes realizaram uma tarefa de produção oral de sentenças em inglês em quatro condições experimentais nas quais o uso das vozes ativa e passiva com e sem repetição do verbo principal foi manipulado. Os participantes também realizaram uma tarefa de produção de sentenças orais na voz ativa e passiva que serviu baseline para detectar suas preferências individuais no uso de vozes verbais. Os resultados demonstraram uma interação complexa entre os efeitos de priming estrutural e a tendência individual de reutilizar a estrutura sintática em L2. Os resultados também mostraram uma maior produção da estrutura da voz passiva nas condições experimentais em comparação com a linha de base. Além disso, os efeitos do priming estrutural foram encontrados principalmente nas condições 3 e 4, ambas relacionadas à voz passiva, a estrutura menos frequente. Os resultados na condição 3 mostraram uma interação entre efeitos de priming estrutural e a repetição do núcleo da estrutura (i.e., o verbo), indicando que a repetição do verbo aumentou os efeitos quando a estrutura (voz passiva) e o verbo foram repetidos (impulso lexical). Sendo assim, esses resultados fornecem evidência para o priming estrutural em inglês como L2 durante a produção oral, principalmente na estrutura da voz passiva.

Biografia do Autor

Francineide Fatima Davies dos Santos, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mestre em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários. (UFSC). Área de concentração: Estudos da Linguagem - Linha de Pesquisa: Linguagem e Cognição) (2017-2019) Possui graduação em LETRAS- Português. Inglês e respectivas literaturas pela FURB - Universidade Regional de Blumenau (2016). Possui graduação em LETRAS- Português/ Espanhol pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE (2009). Fez parte do grupo de estudos do Laboratório da Linguagem e Processos Cognitivos (LABLING) da UFSC (2017-2019). Tem experiência profissional no ensino da Língua Inglesa nos mais diversos níveis em escolas regulares e escolas de idiomas, bem como experiência em tradução e revisão. Como pesquisadora, está interessada na área de aquisição de segunda língua, com foco nos aspectos cognitivos envolvidos no processamento da linguagem.

Mailce Borges Mota, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professora Titular do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras da UFSC. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Inglês e do Programa de Pós-Graduação em Linguística, na mesma instituição. Possui doutorado em Letras /Inglês e Literatura Correspondente (UFSC, 2000). Realizou estágio de doutorado no Departamento de Linguística da Universidade de Minnesota (1998-1999/CAPES), sob supervisão de Andrew Cohen. Realizou estágio pós-doutoral no Brain Language Lab, Departamento de Neurociência, Georgetown University (2008-2009), sob supervisão de Michael Ullman. Realizou estágio sênior no Max Planck Institute for Psycholinguistics, em Nijmegen (2017-2018/CAPES), sob a supervisão de Peter Hagoort. Foi professora visitante na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve (2010), com apoio financeiro do Programa Erasmus Mundus. Coordenou o GT de Psicolinguística da ANPOLL no biênio 2016-2018. É membro fundador da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE). Coordena o Laboratório da Linguagem e Processos Cognitivos (LabLing), onde conduz estudos sobre a interface entre processamento da linguagem, sistemas de memória e processos atencionais com o uso de métodos eletrofisiológicos e comportamentais, incluindo o rastreamento ocular. É membro do corpo editorial da série Cambridge Elements in Psycholinguistics (Cambridge University Press), do GT de Psicolinguística da ANPOLL e da Comissão de Psicolinguística e Neurolinguística da ABRALIN.

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Publicado

2022-12-10