Aspectos linguísticos da comédia italiana no renascimento: a relevância da língua florentina na construção de Mandragola de Maquiavel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2023.v19n1a57740

Palavras-chave:

Maquiavel, língua italiana, comédia do Renascimento, Mandragola, Filologia

Resumo

Este artigo se propõe a fazer uma análise linguística da comédia teatral mais importante do Renascimento italiano, escrita por Nicolau Maquiavel (1469-1527), Mandragola (1513-1518), que apesar de muito estudada por um viés político, deve ser também abordada em seu caráter literário e filológico. A partir da perspectiva dos estudos sobre a Questione della lingua e considerando ainda as questões apresentadas em outra obra do autor – Discorso o dialogo intorno alla nostra lingua – busca-se refletir sobre a importância da língua usada em suas comédias, não só para dar indícios da língua falada, mas principalmente para verificar as nuances que o autor dá para cada personagem, permitindo sua melhor interpretação. Não por acaso Maquiavel é considerado o primeiro teórico da comédia, e demonstra que seu interesse pelo gênero não era casual ou superficial, mas pela forma literária em si. Apesar de muitos críticos não considerarem suas outras peças por acreditarem se tratar de meras versões e traduções, é preciso ter em mente que o autor as escreve na língua florentina falada em seu tempo, o que aproxima o público e os leitores de seus textos teatrais. Muito do seu sucesso não provém somente dos temas que escolhe apresentar, mas da língua em que escreve suas peças. Por isso, ainda que seja impossível analisar todos os casos neste artigo, serão mostrados aqueles considerados mais relevantes dentro da Mandragola, que poderão ser utilizados para complementar a análise dos personagens presentes e das mudanças apresentadas na própria língua italiana.

Biografia do Autor

Priscila Nogueira da Rocha, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ/ Faculdade de Letras

Doutora em Letras Neolatinas, Literatura Italiana, pela UFRJ. Atualmente, é Professora colaboradora e pesquisadora nessa mesma universidade, onde desenvolve um projeto de pesquisa sobre tradução da comédia Clizia de Maquiavel sob orientação da Profa. Dra. Sonia Cristina Reis. É membro do grupo de pesquisa “Vozes femininas nas literaturas neolatinas”. É membro também da ABPI (Associação Brasileira dos Professores de Italiano) e da ABRALIC (Associação Brasileira de Literatura Comparada).

Sonia Cristina Reis, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ/ Faculdade de Letras

Doutora em Letras Neolatinas, Literatura Italiana, pela UFRJ. Concluiu seu Pós-Doutorado, na Università G. D'Annunzio, de Chieti-Pescara (Itália), com Bolsa CAPES do Programa Estágio Sênior no Exterior, atualmente é Diretora da Faculdade de Letras da UFRJ. Dirige o grupo de pesquisa “Vozes femininas nas literaturas neolatinas”. É membro também da ABPI (Associação Brasileira dos Professores de Italiano), GT Teoria da Narrativa da ANPOLL e da ABRALIC.

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Publicado

2023-04-27