Demônias, santas, objetos e algo mais: apontamentos sobre metáforas para mulheres em cartas da inquisição do século XVIII

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2023.v19n1a58261

Palavras-chave:

mulher, século XVIII, inquisição, metáfora, teoria da metáfora ampliada

Resumo

Apresentam-se, neste artigo, resultados de um estudo preliminar acerca da conceptualização metafórica de mulher em cartas encaminhadas ao Santo Ofício, em diferentes anos do século XVIII. Para proceder ao estudo, recorreu-se ao aporte teórico da Semântica Cognitiva, em perspectiva Sócio-Histórica-Cultural (ALMEIDA; SANTANA, 2019; ALMEIDA, 2020) e também da Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 2002 [1980]; KÖVECSES, 2017). No que concerne ao seu desenho metodológico, o trabalho investigativo realizado deu-se a partir de abordagem qualitativa do fazer científico, de natureza exploratória, documental, descritiva e interpretativa do corpus, que foi constituído por cartas inseridas no Projeto Post Scriptum, coordenado por Rita Marquilhas (2014). Após a realização deste estudo preliminar, já se sabe que, no período em questão e, particularmente, no corpus analisado, a mulher poderia ser conceptualizada em termos de DEMÔNIO e de SANTA, entre outras possibilidades.

Biografia do Autor

Aurelina Ariadne Domingues Almeida, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutora em Letras pela Universidade Federal da Bahia. Realizou estágio pós-doutoral em Linguística (UNEB-PNPD-CAPES). Professora associada do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, atuando na sua Graduação em Letras e no seu Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura. Dedica[1]se aos seguintes temas de pesquisa: sistemas adaptativos complexos; história do sistema conceptual; categorização, conceptualização, metáforas, metonímias, multimodalidade e memes.

Elisângela Santana dos Santos, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Doutora em Letras pela Universidade Federal da Bahia, tendo realizado estudos na Universidade Católica Portuguesa (PDEE-CAPES). Pós-doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Sergipe. Mestre em Letras e Linguística, Especialista em Língua e Literatura Vernáculas e Graduada em Letras, também pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é Professora Titular da Universidade do Estado da Bahia e atua como Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia – Campus I. Desenvolve pesquisas sobre história da língua portuguesa, semântica cognitiva, polissemia, livros didáticos e multimodalidade.

Neila Maria Oliveira Santana, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Doutora em Língua e Cultura e Mestre em Letras pela Universidade Federal da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Atualmente é Professora da Universidade do Estado da Bahia - Campus XIV e atua como coordenadora da área de Linguística do Curso de Letras, Língua Portuguesa e Literaturas. Desenvolve pesquisas nas áreas de Linguística Cognitiva e Sociolinguística, atuando principalmente nos seguintes temas: categorização, conceptualização, metáfora, metonímia, variação e mudança linguística.

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Publicado

2023-04-27