Os outros dos outros: reflexões a cerca de um olhar contra-discriminatório para as escolas de fronteira
DOI:
https://doi.org/10.31513/linguistica.2023.v19n3a60282Palavras-chave:
Fronteira. Escola. Cultura. Colonialidade. Diferença.Resumo
O presente artigo objetiva analisar a relação entre estudantes brasileiros e fronteiriços uruguaios nas escolas municipais de Jaguarão/RS. De acordo com as legislações vigentes, em cidades de fronteira gêmea, fronteiriços uruguaios, amparados pela Lei 13.445, de 24 de maio de 2017, são autorizados a estudar e trabalhar no país limítrofe. Ao longo do texto a fronteira entre Jaguarão e Rio Branco será vista como um local de encontros e desencontros que, embora seja vista como um território plural, a cultura nacional brasileira, em determinados espaços, padroniza e classifica determinados grupos como Outros, aqueles que não seguem os padrões sociais estabelecidos ou que pertencem a classes sociais, raças, culturas e etnias, tidas como inferiores. Metodologicamente adotamos uma perspectiva de estudo de caso, no qual, em um primeiro momento, analisaremos os documentos que regem a educação municipal de Jaguarão, através do seu Plano Municipal de Educação, em um segundo momento, apresentaremos algumas observações realizadas em três escolas municipais de Jaguarão e, em um terceiro momento, analisaremos tais observações, a fim de problematizar a relação entre brasileiros e fronteiriços uruguaios no contexto escolar. Por fim, analisar as escolas municipais de Jaguarão e olhar para os fronteiriços uruguaios enquanto sujeitos Outros dos Outros, abriu caminhos para pensarmos nas diferentes posições que ocupamos na sociedade e que estas não são fixas.
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