Educação bilíngue de pessoas surdas e resistência em Deleuze e Guatarri
DOI:
https://doi.org/10.31513/linguistica.2023.v19nSup.a60349Palavras-chave:
Educação Bilíngue, Filosofia da Diferença, Língua de Sinais Brasileira, Pessoa Surda, Resistência.Resumo
Esse texto visa discutir a educação bilíngue de pessoas surdas e sua resistência político-linguística, estabelecendo conexão entre a filosofia francesa, utilizando as ideias de Deleuze e Guatarri, no que diz respeito à ação conceitual e criativa da filosofia da diferença, através de pesquisa bibliográfica. Discussão relevante para a inclusão e valorização da diversidade linguística e cultural. No contexto da educação bilíngue de pessoas surdas, a resistência refere-se ao movimento e à luta para garantir o reconhecimento e a valorização da língua de sinais nas instituições educacionais. Historicamente, as pessoas surdas enfrentaram discriminação e marginalização na sociedade, e isso se refletiu também no campo da educação. A resistência surge como uma resposta a essas formas de exclusão e opressão. Os sujeitos surdos têm lutado por seus direitos linguísticos e educacionais, reivindicando o reconhecimento e o uso da língua de sinais como um direito fundamental. A resistência busca desafiar as práticas educacionais que priorizam a oralização e desconsideram a língua de sinais como meio de comunicação efetivo para as pessoas surdas. Busca garantir o acesso à educação inclusiva, que valorize a cultura surda, proporcione aquisição plena da língua de sinais e promova o desenvolvimento acadêmico e socioemocional dos estudantes surdos. Ao enfrentar as barreiras e desafios impostos pelo sistema educacional, a resistência tem como objetivo superar a visão deficitária da surdez, que considera a surdez como uma deficiência a ser corrigida, e reconhecer a língua de sinais como uma língua legítima e apropriada para a comunicação e o aprendizado das pessoas surdas.
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