Produção e processamento de variantes: o caso dos pronomes acusativos de terceira pessoa em português brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2024.v20n2a63968

Resumo

Dadas as duas possibilidades de realização lexical dos pronomes acusativos de terceira pessoa no português brasileiro, um normalmente adquirido pelas crianças (pronome forte) e outro adquirido via instrução escolar (pronome clítico), este estudo procurou compreender se a produção da variante clítica pode ser estimulada devido ao grau de monitorização da fala e se essa variação se observa no processamento destes pronomes. Por meio de duas tarefas de produção (uma espontânea e uma induzida) e uma de processamento (sentence-matching), observou-se que o pronome forte é priorizado na fala espontânea e o pronome clítico é priorizado na fala em situações mais monitorizadas. A tarefa de sentence-matching não apresentou diferenças no tempo de reação à leitura de itens com estes dois pronomes, o que poderá advir ou da inibição do pronome forte, ou da facilitação do pronome clítico após o seu uso.
Palavras-chave: Português brasileiro. Pronomes acusativos de terceira pessoa. Processamento da variação linguística. Monitor sociolinguístico.

Biografia do Autor

Ronan Pereira, Centro de Linguística da Universidade NOVA de Lisboa (CLUNL)

Mestre em Ciências da Linguagem, área de especialização em Desenvolvimento e Perturbações da Linguagem, pela Universidade NOVA de Lisboa. Doutorando em Linguística, área de especialização em Psicolinguística, pela Universidade NOVA de Lisboa. Conduz investigação em aquisição de língua segunda e em psicolinguística aplicada à variação linguística.

Mariana Silva, Centro de Linguística da Universidade NOVA de Lisboa (CLUNL)

Doutoranda em Linguística do Português na Universidade Nova de Lisboa (FCSH). Mestra em Estudos da Linguagem (UFRN), com ênfase em Sociolinguística Variacionista. Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literaturas (UFRN) e Licenciada em Geografia (IFRN). Experiência como professora de Língua Portuguesa e Literatura no IFRN campus Santa Cruz (IFRN-SC), na Universidade Potiguar (UnP), em projeto de extensão da UFRN (DCE) e revisora de textos acadêmicos. Atuação na área de comunicação como apresentadora de programas televisivos (BandTV).

Catarina Rosa, Centro de Linguística da Universidade NOVA de Lisboa (CLUNL)

Mestre em Ensino de Português e Inglês no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário pela Universidade NOVA de Lisboa. Conduz investigação na área de variação linguística aplicada à linguística educacional.

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Publicado

2024-08-21