A pressuposição dos predicados factivos entre a semântica e a pragmática
DOI:
https://doi.org/10.31513/linguistica.2024.v20n3a65479Resumo
O objetivo deste artigo é discutir as questões empíricas relacionadas aos predicados factivos no que diz respeito à inferência pressuposicional e às consequências que essas questões impõem às teorias da pressuposição. A partir disso, vamos detalhar os pontos de vista teóricos divergentes em relação ao problema da projeção; de um lado, a perspectiva lexicalista, que assume a estipulação convencional da pressuposição inscrita na representação semântica dos gatilhos pressuposicionais; e, de outro lado, a perspectiva pragmática, que se opõe a essa estipulação e propõe derivar a pressuposição a partir de um mecanismo pragmático relacionado a princípios conversacionais gerais que regem as trocas linguísticas. O nosso propósito com a apresentação dessas teorias é demonstrar os tipos de solução que cada uma oferece para o problema da projeção em função de assumir ou não que a inferência pressuposicional está associada à gramática das línguas naturais – bem como suas lacunas no que diz respeito à abordagem dos predicados factivos. Por fim, apontaremos brevemente como as pesquisas experimentais podem elucidar questões discutidas ao longo do artigo.
Palavras-chave: Pressuposição. Predicados Factivos. Projeção. Semântica. Pragmática.
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