Como os espaços mentais moldam a tradução em Libras de histórias infantis
DOI:
https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n2a68106Resumo
O presente artigo analisa os processos envolvidos na tradução de uma história infantil no que se refere aos usos dos espaços mentais na elaboração dos enunciados e sentidos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que busca contribuir com a área dos Estudos da Tradução e Interpretação (ETILS). O material escolhido para o estudo foi a história intitulada “A Sementinha”, traduzida e sinalizada por uma professora surda, componente da equipe do Centro de Apoio ao Surdo e aos Profissionais da Educação de Surdos do Paraná - CAS Guarapuava (2021). Para a produção dos dados, a história foi dividida em três momentos, e em cada um desses momentos escolheu-se uma sentença para análise e discussão de como se moldou a tradução do gênero história infantil em relação aos espaços mentais. A análise considerou se houve ou não estes cinco pontos principais: a produção imagética do enunciador no espaço de enunciação; o corpo como referência principal na organização dos usos dos espaços mentais; a predominância de qual(is) espaço(s) mental(is); a função dêitico-anafórico na estrutura sintática; a necessidade de indicação de melhor uso dos espaços mentais. Os resultados apontam a maior recorrência no uso do espaço mental token, uma vez que a tradutora utiliza-se de modo abundante dos Classificadores. Em algumas sentenças, há passagem de forma suave e com transição pontual desse espaço para o espaço mental sub-rogado, e que a história infantil sinalizada se caracteriza como importante recurso para fruição e potencializa o desenvolvimento da criança surda.
Palavras-chave: Tradução/interpretação. Libras. História infantil. Espaços mentais.
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