Linguística cognitiva e estudos gramaticais da Libras: sinais técnicos em saúde e biossegurança
DOI:
https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n2a68155Resumo
A intensificação das políticas públicas voltadas ao reconhecimento da Libras como língua oficial impulsionou o desenvolvimento de materiais bilíngues e a produção de glossários especializados. Este artigo tem como objetivo analisar os mecanismos linguísticos, gramaticais e cognitivos envolvidos na criação de sinais-termo em Libras, com foco em áreas técnicas como a Biossegurança e a Saúde. Fundamentado na linguística cognitiva, o estudo destaca a corporeidade como princípio estruturante da língua de sinais, associando a iconicidade à experiência sensório-motora e aos contextos socioculturais da comunidade surda. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, descritivo-analítica, articulando conceitos de lexicologia, lexicografia, terminologia e terminografia. A multimodalidade é apresentada como estratégia metodológica essencial para o registro e a validação de sinais, valorizando recursos visuais e sinalizados na construção de glossários acessíveis. A análise de fichas terminológicas revela a relevância da terminografia bilíngue como ferramenta de ensino e promoção da acessibilidade linguística em contextos de saúde. Por fim, observa-se que o modelo proposto por Francisco (2022) contribui para esta pesquisa ao propor uma estrutura de registro lexical que articula práticas de educação lexicográfica com os fundamentos da linguística cognitiva, reafirmando que a definição de um sinal-termo ultrapassa a descrição formal e deve refletir os processos cognitivos e socioculturais que o constituem. Enquanto língua visual-espacial, a Libras revela como os significados emergem da interação do corpo com o mundo físico e social.
Palavras-chave: Multimodalidade. Construção lexical. Corporeidade na Libras.
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