Primeiros passos da revitalização da língua Guató: uma etnografia.

Autores

  • Bruna Franchetto UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Gustavo Godoy Museu Nacional UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

Apresentamos um relato etnográfco do início de uma experiência de revitalização e documentação do guató, a última língua das terras baixas do Pantanal (Brasil). Esta iniciativa foi desencadeada pelos próprios Guató, que reivindicam uma Terra Indígena no estado de Mato Grosso, na região do
alto rio São Lourenço. A viagem para os Guató de Mato Grosso, em 2016, foi antecedida por um exaustivo trabalho documental e resultou na organização de uma ofcina, onde foi produzida uma primeira ‘cartilha', a ser usada dentro e fora da TI Bahia dos Guató. Como não encontramos nenhum vestígio da língua falada e nem muitas lembranças sobre a língua em Mato Grosso, prosseguimos
com nossa empreitada em Mato Grosso do Sul, onde, até poucos anos, havia ainda meia dúzia de falantes. Encontramos dois deles: o já conhecido Vicente e Eufrásia, ambos com mais de setenta anos. Na segunda parte do artigo, descrevemos esses encontros e o trabalho desenvolvido em seguida, com
novas informações sobre os últimos múrmurios antes do Guató ser calado.

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Publicado

2017-05-31