Quel drôle d’animal que le réel!

Autores

  • Nicolas Delon New College of Florida, EUA

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v12i3.30896

Palavras-chave:

Rosset, natureza, real, animal

Resumo

Não é anódino que, como o demonstra Rosset, o próprio conceito de natureza seja o fruto de uma incapacidade de aceitar a realidade do real. O real não se encerraria em nenhum par de noções; todo dualismo é por definição estranho ao real. Poder-se-ia objetar que o par real-duplo nada mais é que um novo dualismo, mas o conceito de duplo tem como função precisamente absorver todos os dualismos, nos quais o real não tem como se acomodar. A percepção do homem sobre os animais é reveladora de sua percepção geral do real, incapaz de simplicidade. Donde as representações tradicionais do animal como estando em falta de algo que não faltaria aos homens. O dualismo homem/animal omite portanto duas realidades inelutáveis: o homem é um animal como os outros; e a relação do homem com a existência é apenas uma versão degradada da relação do animal com a existência – pois não há além para o animal. 

Biografia do Autor

Nicolas Delon, New College of Florida, EUA

Professor de Filosofia e Estudos Ambientais no New College of Florida, EUA. 

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Publicado

2019-12-20