Quel drôle d’animal que le réel!
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v12i3.30896Palabras clave:
Rosset, natureza, real, animalResumen
Não é anódino que, como o demonstra Rosset, o próprio conceito de natureza seja o fruto de uma incapacidade de aceitar a realidade do real. O real não se encerraria em nenhum par de noções; todo dualismo é por definição estranho ao real. Poder-se-ia objetar que o par real-duplo nada mais é que um novo dualismo, mas o conceito de duplo tem como função precisamente absorver todos os dualismos, nos quais o real não tem como se acomodar. A percepção do homem sobre os animais é reveladora de sua percepção geral do real, incapaz de simplicidade. Donde as representações tradicionais do animal como estando em falta de algo que não faltaria aos homens. O dualismo homem/animal omite portanto duas realidades inelutáveis: o homem é um animal como os outros; e a relação do homem com a existência é apenas uma versão degradada da relação do animal com a existência – pois não há além para o animal.Descargas
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