Górgias e Eurípides, em torno de Helena e do trágico
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v10i19.4140Palabras clave:
Górgias, Eurípides, Helena, sofística, tragédiaResumen
A partir da observação da personagem Helena em Górgias (Elogio de Helena) e Eurípides (Helena, As Troianas) é possível voltar à categoria do “trágico” e a pensá-la nos quadros da sofística, última figura do pensamento pré-socrático. Górgias confessa ao leitor que seu Elogio é um paígnion, um brinquedo, um jogo. E que ele rebate a um discurso difundido, falso e injusto, que condena Helena como adúltera. Também em Eurípides vemos um jogo antilógico. Se nas Troianas Menelau e Hécuba não deixam Helena desculpar sua parte de inteligência (noûs) pela evocação de todo seu fatídico, em Helena, Eurípides faz com que Helena nem vá a Troia, num estratagema de Hera, que envia uma imagem em seu lugar, de modo que ela permanece completamente inocente de adultério.
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