Uma interpretação anacrônica do cyceon de Heráclito a partir de Spinoza e Nietzsche

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47661/afcl.v10i20.7876

Palabras clave:

Heráclito, cyceon, DK125, Pré-Socráticos

Resumen

Neste texto, proponho uma digressão confessadamente anacrônica, que ao invés de investigar pistas interpretativas em outros tão ou mais enigmáticos fragmentos heraclitianos, ou mesmo no estado da arte da literatura especializada, tenta identificar em Spinoza e Nietzsche elementos conceituais harmônicos à interpretação supracitada -- semelhante à de Pradeau e distante da de MacKenzie. Se essa estratégia, como bem sei, não serve de modo algum para o desvelamento da verdade do fragmento 125 -- e não cremos, aliás, em nenhuma “verdade” hermenêutica -- e tampouco para resolver o embate entre as diferentes formas de interpretação como por exemplo as conflitantes de Pradeau e MacKenzie, tal estratégia serve ao menos para construir, hipotética e abstratamente, uma verdadeira linhagem filosófica, contratradicional, marginal até, que fundamenta ontologicamente o ser no devir por uma teoria dos corpos físicos que os concebe como necessariamente complexos e dependentes de uma tensão unificadora de suas partes.

Biografía del autor/a

Danilo Bilate, UFRRJ

Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da UFRRJ

Citas

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MacKENZIE, Mary Margaret. “The Moving Posset Stands Still: Heraclitus Fr. 125.” The American Journal of Philology, vol. 107, no. 4, 1986, pp. 542--551. www.jstor.org/stable/295102.

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Publicado

2016-04-14

Número

Sección

Artigos - Varia